03 nov O Rio Vermelho reage
No dia 28 de setembro, mais uma vez o trânsito amanheceu perigosamente estrangulado na esquina da servidão Altino Manoel Claudino, junto a uma das curvas mais acentuadas da Rodovia João Gualberto Soares, Rio Vermelho, ligação entre Ingleses e Barra da Lagoa. Mas – enfim! – foi o último dos colapsos no local, pelo entupimento crônico de uma tubulação nas proximidades. Causa do problema? Anos de omissão do Deinfra.
Imediatamente comerciantes e moradores das imediações obstruiram – com restos de móveis, galhos de poda, madeiras e coisas do gênero – o pouco que restava da pista. Em minutos armou-se a confusão entre motoristas querendo passagem e protestantes decididos a levar sua atitude às últimas consequências, perante o cacoete das autoridades: só atendem reivindicação debaixo de grito e quebra-quebra. E o povo, se sai do sério, transforma até velório em quermesse.
Não tardou a aparecer a tropa de choque policial que, afinal de contas, constatou que o grande caos do tráfego era mesmo devido ao alagamento. Convocado, o Deinfra compareceu, constatou o óbvio e comprometeu-se a resolver o problema imediatamente, o que foi feito nos dias seguintes. Faltaram apenas alguns arremates: pelo Deinfra, uma manta de asfalto no acostamento; pela Prefeitura, ajustes na boca da rua. Tá.
Agora, a adrenalina anda instigando novamente os maus bofes da população, em outro ponto da rodovia, num trecho entre duas servidões diante de um mercado, junto ao Muquem. Onde a empresa Pavicon, contratada da Prefeitura, abriu uns rombos para instalar tubulações, a buraqueira adonou-se de meia pista e as máquinas da empresa foram pro conserto justo agora.
A contagem regressiva já começou.
(Ilha Capital, 03/11/2009)