27 jun 1 hora no trânsito: uma constante imutável?
Em 1870, o tempo médio de trabalho semanal nos EUA era de 57 horas, em 2000, já tinha caído para 39 horas, redução de 32%. A França passou de 66 para 34 horas, redução de quase 50%. No mundo, a redução da jornada de trabalho foi em média de 64 para 36 horas, mostrando que a evolução tecnológica pode ter contribuído para a redução do tempo dedicado às atividades laborais.
No mesmo período, as sociedades também experimentaram uma notável revolução nos meios de transporte. Até então, uma carroça típica, puxada por cavalos, dificilmente ultrapassava os 20 km/h. Já o popular modelo T lançado por Ford em 1908 atingia até 72 km/h, e a maioria dos modelos atuais de automóveis tem capacidade de atingir mais do que 200 km/h (ainda que seja algo impraticável no meio urbano e não recomendado em rodovias).
Todavia, apesar deste notável ganho na velocidade potencial dos veículos motorizados, alguns estudos apontam que, diferente da jornada laboral, o tempo dedicado aos deslocamentos diários permaneceu mais ou menos constante ao longo do último século ou até aumentou. Uma das explicações para o fenômeno pode estar na chamada constante de Marchetti.
(Confira a matéria completa em Caos Planejado, 27/06/2022)