26 out Negócio antes do diploma
A espada de Jedi, do filme Guerra nas Estrelas, e a luz que sai do aparelho usado pelo pai oftalmologista em cirurgias fascinaram os irmãos Rafael e Gabriel Mantovani Bottós desde a infância. Mal sabiam eles que, aos 25 anos, estariam à frente de uma empresa que trabalha justamente com a tal luz, o laser.
Não só o laser, mas a água também. Neste caso, vale a máxima “tanto bate até que fura”. É que a água em altíssima pressão é usada em perfurações. Chega a cortar uma chapa de aço de 30 centímetros.
Os gêmeos, de Blumenau, ainda não concluíram a graduação: Gabriel estuda engenharia elétrica, e Rafael, mecânica, ambos na UFSC. Mas já são donos da Welle, empresa que atua no desenvolvimento, implementação e monitoramento de processos de fabricação, com corte, solda e rastreabilidade. As tecnologias servem para indústrias como a metal-mecânica, a automobilística e a petroquímica.
Há dois meses, a empresa está na incubadora Celta, na Capital. O caminho foi de muito trabalho, inclusive no exterior. Em 2005, Rafael foi para a Alemanha. No ano seguinte, Gabriel se juntou ao irmão. Eles trabalharam 40 horas por semana no Fraunhofer Institute, apontado como um dos maiores centros de pesquisa do mundo.
Ao retornar ao Brasil, em março de 2007, criaram o departamento de laser do laboratório de mecânica de precisão e desenvolveram a primeira solda a laser da UFSC. Passaram uma nova temporada na Alemanha para enfim abrir a empresa, em 2008. Welle, em alemão, quer dizer onda. Se depender dos gêmeos, nos próximos meses a “onda” chegará na Alemanha, como um escritório, e na Austrália, como representação comercial.
(DC, 25/10/2009)