12 abr Mobilidade e Cidades Inteligentes: não é sobre tecnologia, mas planejamento e desenvolvimento
Mobilidade é um assunto recorrente nas cidades. Ela pode ser pública ou privada, individual, coletiva ou compartilhada, elétrica ou a combustão, mas sempre é extremamente sensível para a organização e vida nas cidades.
Sob o ponto de vista da administração pública, o transporte é um dos temas mais relevantes. Se para cidades menores trata-se de questão social, que permite o ir e vir de quem não possui meios próprios, para as médias e grandes, adiciona-se ao componente social a redução de veículos nas ruas, impactando diretamente no congestionamento de vias e poluição do ar e sonora.
Mais que isso, a redução de veículos nos centros abre espaço para melhorar a circulação de pessoas e interação com equipamentos públicos, trazendo as pessoas para a rua, convidando-as a caminhar, se exercitar e assim, também ganhar qualidade de vida. Vamos além, restringir a circulação, ou pelo menos diminuir a velocidade dos automóveis, reduz drasticamente o potencial de morte em atropelamentos – uma pessoa atropelada por um veículo a 30km/h, tem 5% de chance morte, enquanto a 50km/h, esse risco sobe para 80%.
Sob a perspectiva do mercado privado, o tema oferece amplo território de oportunidades, seja para as montadoras, que investem cada vez mais em modelos elétricos e em tecnologias para transformá-los em autônomos, seja para novos players – como a Tesla, que passam a ter relevância em um mercado antes restrito a poucos. Os modelos de negócios também passam por transformação, onde a aquisição deixa de ser o único modelo, abrindo espaço para a locação e o compartilhamento – que oferece um uso muito mais racional que o praticado hoje pela grande maioria dos usuários.
(Confira a matéria completa em SC Inova, 11.04.2022)