Demolição demorada

Demolição demorada

Moradores de um morro da Capital estão com medo que imóveis caiam sobre as casas onde moram

A demolição de 80 casas pela prefeitura de Florianópolis precisa ganhar um empurrãozinho. Enquanto uma empresa terceirizada não é contratada para derrubar as residências que correm risco de desabamento, a demora na ação causa incômodo para moradores do Alto da Caieira do Saco dos Limões.

A família da dona de casa Sônia Terezinha Araújo deixou o local onde morou nos últimos sete anos em junho. Nestes quatro meses, o imóvel de alvenaria, marcado por rachaduras, amedronta os vizinhos.

– Muitos reclamam para o meu marido que a casa pode desmoronar a qualquer momento. A cada chuva que cai, vai piorando – disse Sônia, que hoje depende dos R$ 300 do aluguel social para abrigar os três filhos.

De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, José Carlos Rauen, uma equipe da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) está fazendo a demolição. Mas o papel da Floram é fiscalizar. Ontem, uma casa foi demolida. A limpeza e a interdição do terreno só serão feitas hoje.

– Espero que até a semana que vem seja feita a contratação de uma empresa terceirizada para que possamos demolir até duas casas por dia – informa Rauen.

(DC, 14/10/2009)