O futuro da baía Sul

O futuro da baía Sul

Da Coluna de Fabio Gadotti (ND, 01/09/2023)

Fórum organizado pela associação FloripAmanhã discutiu ontem a situação caótica da baía Sul e perspectivas para a revitalização da área de 40 hectares que inspirou o icônico projeto urbanístico de Burle Marx. A gestão Topázio pediu a cessão do patrimônio da União ao município e vem trabalhando num estudo para transformação do aterro. Em linhas gerais, o planejamento inicial prevê um parque urbano de lazer, com uso misto. Há quem defenda, por exemplo, espaço para habitação social e também a construção da sede da administração municipal no local.

Um dos painelistas, o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcelo Fett, considera que operações urbanas consorciadas podem ser uma alternativa. E citou como referência o bairro 22@ Barcelona, antiga área industrial abandonada que agora é um distrito de inovação na capital da Catalunha, na Espanha, e que virou um case urbanístico mundial.

Acabar com a colcha de retalhos que virou o aterro da Baía Sul vai exigir, no entanto, a remoção de uma série de obstáculos, que vão passar pela Secretaria do Patrimônio da União em SC e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Presentes, os superintendentes da SPU, Juliano Pinzetta, e do Iphan, Regina Santiago, se colocaram à disposição para participarem ativamente do processo. “O principal é desenvolver o projeto, para saber o que a cidade quer fazer ali”, disse Juliano.