31 ago Por que Florianópolis lidera índice da bilionária economia criativa
Estudo feito pelo Observatório Nacional da Indústria, núcleo de inteligência da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado nesta terça-feira apurou que de cada quatro novos empregos que serão criados no Brasil, um será na chamada economia criativa, totalizando 8,5 milhões de postos de trabalho até 2030. E o Índice de Economia Criativa (IDPEC) mostrou Florianópolis no topo, com 0,85 seguida por Vitória 0,71, São Paulo 0,68, Rio de Janeiro 0,65 e Curitiba 0,61.
Denominado Índice de Desenvolvimento Potencial da Economia Criativa (IDPEC), esse indicador visa medir o potencial de desenvolvimento da economia criativa nas capitais brasileiras. A estimativa é feita com base em dados econômicos de cada cidade.
Florianópolis ficou em primeiro lugar na dimensão Atratividade e Conexões, e também em Ambiente Cultural e Empreendedorismo Criativo.
A capital de SC é forte nos setores que criam empregos na indústria criativa. Nesse grupo estão desenvolvimento de softwares e serviços de tecnologia, publicidade e serviços empresariais, arquitetura, design, cinema, rádio e TV.
Segundo o estudo da CNI, com base em informações do quatro trimestre de 2022 da pesquisa do IBGE Pnad Contínua, a economia criativa responde por 3,11% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Considerando o PIB de 2022, superou R$ 300 bilhões. E são mais de 115 mil empresas do setor no país.
O total de empregos no fim de 2022 era de 7,4 milhões de pessoas no setor. A maioria nas áreas de tecnologia da informação e publicidade. Um detalhe importante apurado pelo estudo é que os salários são maiores do que a média nacional. Estavam em R$ 4.018 enquanto nos demais setores a média é de R$ 2.691.
Mas para ingressar nesse setor e avançar, é preciso ter qualificação, alerta o gerente executivo do Observatório da CNI, Márcio Guerra. Segundo ele, é preciso ter qualificação em marketing e branding, pesquisa de mercado, design de sites, logística, marketing digital e atendimento ao cliente.
Um dos segmentos com potencial é a indústria 4.0, informa ele. Projeto de lei que tramita no Congresso Nacional sobre o setor prevê mais parcerias com universidades, desenvolvimento de infraestrutura e promoção das atividades.
Outro estudo recente apurou que SC tem mais de 14 mil empresas no setor de economia criativa. O presidente da Fundação Cultural do Estado, Rafael Nogueira, informou que a instituição está atenta e trabalha pelo avanço desse setor.
Tópicos mostram o perfil do setor
Estabelecimentos da economia criativa no Brasil
– Microempresas: 86.917
– Pequenas empresas: 24381
– Médias empresas: 5471
– Grandes empresas: 353
Estabelecimentos da economia criativa por região
– Sudeste: 56.222
– Sul: 31.643
– Nordeste: 16.880
– Centro-oeste: 9.438
– Norte: 2.939
Quantidade de estabelecimentos da economia criativa por categoria
– Moda: 45.874
– Publicidade e serviços empresariais: 20.871
– Serviços de tecnologia da informação: 11.712
– Desenvolvimento de software e jogos digitais: 9.771
– Atividades artesanais: 8.398
Setores que devem liderar a criação de empregos na indústria criativa
– Publicidade e serviços empresariais
– Desenvolvimento de softwares e serviços de TI
– Arquitetura
– Cinema, rádio e TV
– Design
Ocupações com o maior potencial de emprego na indústria criativa
– Publicitário e afins
-Trabalhadores das áreas da tecnologia da informação
– Desenvolvedores
– Trabalhadores da área da moda
– Desenhistas, artesão e afins