03 jan Inflação de Florianópolis sobe 0,54% em dezembro e fecha 2022 menor que a do país
Da Coluna de Estela Benetti (NSC, 02/01/2023)
Com impacto principal da redução dos preços dos combustíveis em meados do ano, a inflação de Florianópolis fechou 2022 com alta acumulada de 4,61%, abaixo da média nacional pelo IPCA, que subiu 5,13% de janeiro a novembro, mostra o Índice de Custo de Vida (ICV). Contudo, os preços dos alimentos e bebidas não deram trégua no Estado, ao subir no ano 9,40%. E em dezembro, a inflação teve alta de 0,54%, praticamente a mesma variação do mês anterior, de 0,53%.
A inflação de Florianópolis, que representa variação de preços muito próxima da média estadual, é calculada pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), com apoio da Fundação Esag (Fesag).
A alta de 4,61% no ano ficou bem abaixo dos 10,64% registrados em 2021, graças a três deflações causadas pela redução de tributos nos preços dos combustíveis: -0,22% em julho, -0,60% em agosto e -0,19% em setembro.
O grupo de transportes, onde estão incluídos os combustíveis, teve alta acumulada de 2,69% no ano. A liderança na geração de inflação no ano passado ficou por conta do grupo de alimentos e bebidas, com alta de 9,40%.
Outro grupo que pesou no bolso dos consumidores catarinenses no ano foi o de educação, que subiu 9,54%. Saúde e cuidados pessoais subiram 9,50%, despesas pessoais 7,77% e habitação, 1,06%.
Os grupos que registraram deflação no ano foram vestuário (-6,02%), artigos de residência (-1,58%) e comunicação (-0,01%). O índice da Udesc, coordenada por Hercílio Fernandes, pesquisa 297 itens, em metodologia semelhante à do IPCA. Os grupos que mais pesam no índice são os de alimentos e bebidas (21,61%), seguido por transportes (20,93%) e habitação (13,60%).
No mês de dezembro, os alimentos e bebidas subiram 0,33% e o maior aumento foi nas refeições fora de casa, de 0,43%. Nos alimentos comprados em supermercados, pesam mais no bolso os preços dos produtos que estão na entressafra, como o arroz, que subiu no mês 9,1% e o feijão preto, que ficou 8,9% mais caro.
Uma boa notícia é a retração de custo de proteínas. O preço médio das carnes ficou estável em 0,01%, leite e derivados caíram -1,98%, leite longa vida recuou -3,4%, aves e ovos tiveram queda de -0,63%.
A apuração da Udesc mostra claramente a retração do preço de lácteos em função da safra. Já o período fora de época elevou os preços da maçã (10,7%), laranja paulista (8%), mamão (6,34%) e morango (1,85%).
Em dezembro, o grupo de transportes subiu 0,60%, a habitação 0,39%, saúde e cuidados pessoais 1,73%, despesas pessoais 1,68%, vestuário 0,17% e educação 0,03%. Tivera recuo os custos dos grupos de artigos de residência, de -1,13% e comunicação -0,21%.