Presidente da Câmara de Vereadores se compromete em realizar audiências públicas para esclarecer dúvidas do projeto plano diretor de Florianópolis

Presidente da Câmara de Vereadores se compromete em realizar audiências públicas para esclarecer dúvidas do projeto plano diretor de Florianópolis

Em reunião, na manhã desta quinta-feira (15/09), na 28ª Promotoria de Justiça, o presidente da Câmara de vereadores de Florianópolis, Roberto Katumi Oda, se comprometeu voluntariamente a realizar duas audiências públicas para informar e esclarecer dúvidas do projeto plano diretor da cidade. As audiências serão realizadas nas comissões permanentes da viação, obras públicas e urbanismo e na de meio ambiente.

A Promotora de Justiça, Analú Librelato Longo, destacou durante o encontro que o papel do MPSC em todo o trâmite do processo administrativo de revisão do Plano Diretor da cidade é “garantir a participação da população”.

“É importante que a população saiba que as audiências não vão retardar o plano, mas serão mais uma oportunidade para que toda a comunidade possa tirar todas as dúvidas e se informar sobre o projeto do plano diretor e saber o que vai mudar no seu dia a dia”, disse Roberto Katumi Oda, presidente da Câmara de Vereadores

O projeto de lei do plano diretor ainda não chegou no Legislativo municipal. Nesta fase, está sob análise do Conselho da Cidade e já passou por 14 audiências públicas, realizadas pelo executivo, após intervenção do MPSC.

Participaram da reunião: Analú Librelato Longo, Promotora de Justiça; Roberto Katumi Oda, presidente da Câmara de Vereadores; Ubiraci Farias, Procurador-Geral do Município de Florianópolis; Marcelo Machado, Procurador da Câmara de Vereadores e Katherine Schreiner, Subprocuradora-Geral do Sistema Jurídico de Florianópolis.

Relembre o que o MPSC fez até aqui 

As audiências no legislativo não são obrigatórias, mas a partir de uma representação a 28ª Promotoria de Justiça passou a analisar a situação, assim como vem fazendo em todas as etapas do projeto do plano diretor da cidade.

Em dezembro, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) expediu recomendação ao Município de Florianópolis para que a audiência pública prevista para o final daquele ano não encerrasse a discussão em torno da revisão do Plano Diretor do Município. Para o Ministério Público, a tal audiência não supria a exigência de participação popular prevista na Constituição Federal, no Estatuto da Cidade e na Lei Orgânica do Município.

Logo depois, em janeiro, o MPSC obteve uma medida liminar em ação cautelar para suspender as treze reuniões distritais e, por consequência, a reunião final do processo de participação popular do Plano Diretor.

Já em abril um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público de Santa Catarina, a Prefeitura de Florianópolis assumiu o compromisso de garantir a participação popular na revisão do Plano Diretor de Florianópolis. Desde então, o Ministério Público, por meio da 28ª Promotoria de Justiça, acompanha o cumprimento do acordo por meio de procedimento administrativo específico, já tendo realizado várias reuniões (PA n. 09.2022.00003081-0).

(MPSC, 15/09/2022)