27 jun Tombamento repercute
Da Coluna de Fabio Gadotti (ND, 27/06/2022)
A Fundação Catarinense de Cultura está formando uma comissão especial, com a participação de 12 entidades e órgãos públicos, com o objetivo de receber contribuições e sugestões para a análise definitiva sobre o pedido de tombamento do núcleo fundacional da cidade. De acordo com a FCC, a iniciativa foi motivada pela grande extensão da área e “seus reconhecidos impactos ao zoneamento municipal e bens particulares”. Além da Prefeitura de Florianópolis e do Ministério Público de SC, estão na lista, por exemplo, o Iphan, a Udesc, a CDL e o Fórum das Entidades de Defesa do Patrimônio Cultural.
O tombamento provisório de todo o triângulo central da cidade, publicado em primeira mão pela coluna, repercutiu no fim de semana. A preocupação dos empresários e dos donos de imóveis na região é com o impacto da medida, que afeta a área que vai da cabeceira da ponte Hercílio Luz até os limites do Hospital de Caridade, seguindo pela face oeste do Morro da Cruz até a proximidade do cruzamento da avenida Mauro Ramos com a Beira-Mar Norte. Pode travar desde pequenas obras e reformas em pequenos estabelecimentos até empreendimentos imobiliários de porte. A “proteção provisória” passou a valer a partir da admissibilidade, pela fundação, do processo que pede o tombamento do núcleo central protocolado pelas arquitetas Vanessa Pereira e Fátima Regina Althoff, motivado pela proposta de retirada dos paralelepípedos da ala leste. Segundo os técnicos, o tombamento significa que qualquer intervenção na área delimitada terá que ser autorizada pelo Estado, leia-se fundação, enquanto o processo estiver tramitando.