27 maio Joel Pacheco e sua Floripa: uma ligação de amor
Ele tem uma forte ligação com a Ponte Hercílio Luz. Também pudera, durante a sua infância, ele morou com a família em uma casa ao lado do Forte Sant`Anna, que fica embaixo do cartão-postal de Florianópolis. “Eu passei parte da minha infância brincando nos arredores da Hercílio Luz, nadando por lá e subindo as treliças da ponte”, relembra Joel Pacheco.
Os anos se passaram e ele nutriu a vontade de escrever um livro sobre a ponte que marcou fortemente a sua infância. Porém, o percurso mudou e ele foi parar em Açores, para fazer um curso sobre as origens açorianas. O arquipélago dos Açores é um território autônomo constituído por nove ilhas e que fica a 2h30 de Portugal, de avião. “Fui atrás das minhas raízes”, conta. Por lá, desenvolveu ainda mais a sua paixão pela fotografia registrando imagens das ilhas. Foi então que ele decidiu unir a sua cidade natal, Florianópolis, e os Açores, em um livro. “Os dois locais são muito parecidos. As ilhas são maravilhosas e o povo é muito receptivo”, destaca.
A 10ª ilha dos Açores foi o primeiro livro lançado por Joel Pacheco. Ele é dividido em duas partes: a que está em verde, fala de SC, e a parte em azul, sobre os Açores. “É uma licença poética, pois Florianópolis é a ilha de Santa Catarina, e mais um pedacinho do continente”, lembra Joel Pacheco, que é arquiteto de formação e atua na área de fotografia e design gráfico. Ele é responsável pela diagramação, composição e fotografias de seus livros. “Todos os meus livros têm ligação direta com os Açores, em função dessa minha ligação com o local, eu já estive lá por 7 vezes em função das pesquisas, lançamentos e fazendo cursos”, conta.
Passado algum tempo, outro assunto despertou a atenção de Pacheco: as baleeiras. “Nas minhas andanças pela Ilha dos Açores, encontrei muitas baleeiras abandonadas. Fiz um levantamento, registrei algumas imagens em fotografias, e montei um livro onde eu comparo a embarcação baleeira açoriana com a baleeira da Ilha de SC”, conta.
De acordo com ele, as baleeiras dos Açores são tombadas pelo Governo e recebem incentivos fiscais. São sempre ligadas a clubes navais, pois realizam regatas femininas, infantis, a remo e à vela, e não têm motor. “Todas elas são registradas através de um projeto gráfico naval. Ao contrário daqui, onde as baleeiras não ficaram registradas”, destaca.
(Confira a matéria completa em Portal Imagem da Ilha, 25/05/2022)