Mobilidade urbana trava o avanço do turismo em Santa Catarina

Mobilidade urbana trava o avanço do turismo em Santa Catarina

Da Coluna de Ânderson Silva (NSC, 21/11/2021)

As sete horas de fila para deixar Bombinhas, no Litoral Norte, são um ataque à imagem do turismo de Santa Catarina. Comprovadamente, os congestionamentos afastam quem pretende mais do que curtir as praias catarinenses, mas também movimentar a economia local. Com isso, a mobilidade urbana do Estado volta ao centro do debate depois de uma redução na circulação por conta da pandemia, mas agora o problema está ainda pior e com maiores danos para SC.

Desde março de 2020, quando começou a pandemia, quase nada mudou em relação à infraestrutura viária catarinense. A terceira faixa da BR-101 no sentido Norte será a única mudança relevante. Mas o problema para acessar os balneários segue. Bombinhas é apenas um exemplo.

Há também um enorme gargalo a se resolver na Lagoa da Conceição, onde as filas são constantes no período do verão. Quem pretende seguir até as praias Mole e Joaquina, fica refém de um centrinho da Lagoa engarrafado. O resultado é que muitas pessoas acabam desistindo de ir para determinados pontos e acabam escolhendo outros por conta das filas.

O Sul da Ilha, na Capital, é um exemplo claro do quanto o investimento em infraestrutura pode trazer mais resultados no turismo. Desde que o novo acesso na região foi concluído, é visível que as praias locais tornaram-se mais atrativas. Antes de a estrutura ser inaugurada, a região era palco de filas enormes.

Agora o cenário mudou, e com isso fica comprovada a necessidade de se melhorar outros acessos no Litoral catarinense. Como não há mais tempo para que os problemas sejam resolvidos, nos basta contar com a paciência do turista na próxima temporada.

Oportunidade
O governo de SC vai anunciar nos próximos dias o pacote de investimento nas 50 maiores cidades catarinenses. A proposta prevê bilhões enviados aos municípios nos próximos cinco anos. Será uma oportunidade de ouro para que as regiões se organizem e resolvam antigos gargalos, principalmente de infraestrutura viária, que vêm travando o desenvolvimento local. Somente para a Grande Florianópolis, será algo em torno de R$ 1 bilhão.