02 set Pesca da tainha em Florianópolis irá atrasar alargamento de praias; entenda
Da Coluna de Renato Igor (NSC, 01/09/2021)
Três praias de Florianópolis terão engordamento de sua faixa de areia para a temporada 2022/23. A pesca da tainha, entretanto, dilatou os prazos para a realização das obras. Esta é a expectativa da prefeitura capital, que aguarda a elaboração de três projetos de engenharia já contratados relativos a obras em praias da Ilha.
No caso dos Ingleses e de Jurerê Tradicional, na região norte, para alargamento da faixa de areia, em 45 metros, e, na Armação, no Sul da ilha, para desassoreamento do Rio Sangradouro e construção de um molhe (similar a uma barreira de pedras tal como foi feito na Barra da Lagoa), onde as ondas baterão e haverá o engordamento da faixa de areia de forma natural com o passar dos anos.
O executivo municipal acredita que os projetos sejam enviados ao Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), acompanhados dos estudos ambientais simplificados (já que os engordamentos envolvem menos de 500 mil metros cúbicos em cada praia e não vão precisar de Estudo de Impactos Ambientais, o EIA/Rima), para que o órgão conceda a Licença Ambiental Prévia (LAP), o que estima-se que aconteça em maio de 2022 – sendo que essa LAP precisará ser encaminhada à Capitania dos Portos e ao Serviço de Patrimônio da União (SPU).
Depois disso, a prefeitura poderá lançar as licitações correspondentes às contratações das empresas que vão executar as obras e, durante o prazo do processo licitatório, fará as condicionantes ambientais para buscar junto ao IMA a Licença Ambiental de Instalação (LAI).
Somente após o recebimento da LAI é que a Prefeitura terá condições de dar as ordens de serviços para início das obras. Mas, como no período entre 1º de maio e 31 de julho acontece a safra da tainha, a probabilidade é que as obras comecem em agosto de 2022 e sejam concluídas no início de dezembro, antes da alta temporada.
Em 2019, a prefeitura de Florianópolis realizou o alargamento da faixa de areia em Canasvieiras.
“Com a experiência, verificou-se que o investimento se paga em cinco anos com a geração de emprego e renda na região alavancada pela obra”, disse o prefeito Gean Loureiro.