27 maio Secretário Mauricio Pereira: Grevistas tripudiam a Justiça de SC
Da Coluna de Moacir Pereira (ND, 27/05/2021)
O Tribunal de Justiça agendou para hoje, as 14 horas, a audiência de julgamento da ação do Ministério Público Estadual para retorno às aulas dos professores da rede municipal que estão em greve há 62 dias.
A paralisação já foi declarada ilegal, em ação interposta pela Prefeitura, pelo próprio Tribunal de Justiça. O Sintrasem, patrocinador do movimento, negou-se a cumprir a decisão. E nada aconteceu. Veio a segunda decisão lamentável da Câmara, definindo a greve como legal, ainda que com prejuízos irreparáveis para milhares de estudantes.
A nova decisão sobre o fim da greve partiu da desembargadora Bettina Maria Moura, que deu prazo ao Sindicato para volta imediata, sob pena de multa diária de 100 mil reais. O Sintrasem afrontou o Judiciário Catarinense e não cumpriu mais uma vez a decisão do Tribunal de Justiça. O Floripa Sustentável, representando 44 entidades empresariais, profissionais, comunitárias e sociais, publicou extensa nota de integral apoio a magistrada e condenando o Sintrasem por transformar a educação municipal em refém de seus interesses políticos e ideológicos. E apelou para medidas mais rigorosas contra o órgão sindical e os grevistas.
A Câmara de Dirigentes Lojistas de Florianópolis, igualmente externando indignação com este cenário caótico, enfatizou que estas greves do Sintrasem estão levando desesperança à população.
Florianópolis é a única cidade de Santa Catarina que registra greve nas escolas públicas municipais. Gravíssimo: os professores – 30% do magistério – se negam até a ministrar aulas virtuais.
O secretário de Educação, professor Mauricio Fernandes Pereira, não sabe mais a quem apelar pela volta a normalidade. Indignado com nota do Sintrasem de que “não é a Justiça que define nosso retorno”, disparou: “Eles estão tripudiando a Justiça catarinense”.