20 maio Livro infantil inclusivo conta a história do Museu de Arqueologia e Etnologia da UFSC
Um livro infantil pedagógico e inclusivo desenvolvido no âmbito de uma ação de extensão da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi selecionado para compor as “Caixas inclusivas de mediação” do projeto Formação de Educadores em Museus em Santa Catarina, que prevê a circulação do material por todas as regiões do estado. Intitulada MArquE, uma história para contar, a obra foi projetada e desenvolvida em parceria entre o setor pedagógico do Museu de Arqueologia e Etnologia da UFSC (MArquE) – Oswaldo Rodrigues Cabral e o professor Luciano de Castro, secretário de Educação a Distância da UFSC.
O livro aborda a história e os acervos do Museu e foi inteiramente pensado em uma perspectiva inclusiva, para ser compartilhado por crianças com e sem deficiência visual. Dessa forma, conta com impressão em offset em cores contrastantes, que considera a acessibilidade às crianças com baixa visão, assim como escrita em braille e relevo nas imagens, ambos realizados em uma tecnologia inovadora desenvolvida a partir de processo de impressão serigráfico.
A transparência total dessa técnica em serigrafia preserva a qualidade da impressão offset do texto ou imagem, permitindo a aplicação de braille e relevo sobre o texto comum sem qualquer interferência ou prejuízo de legibilidade. Destaca-se também que o diâmetro e a altura do relevo dos pontos da cela braille são produzidos com precisão sem gerar o baixo relevo no verso da folha. Assim, mantém-se a qualidade da leitura do material impresso tanto para o leitor vidente quanto para aquele com deficiência visual. Outra vantagem é a impressão em papel de gramatura inferior ao exigido pelo sistema braille convencional, resultando em publicações de volume consideravelmente menor.
A elaboração e a impressão dos livros foram viabilizadas pelo edital 01/Proex/2019, da Pró-Reitoria de Extensão, e o material tem distribuição gratuita e dirigida. Sete exemplares foram disponibilizados para o projeto, que é uma proposição da professora da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) Maria Cristina Rosa e foi contemplado no Prêmio Elisabeth Anderle 2019.
(UFSC, 19/05/2021)