22 abr Cidades Inteligentes
Marcos Canetta Rufino
Professor, historiador e coordenador Geral da Escola Olodum Sul e Instituto Liberdade
A pandemia gerada pelo novo coronavirus acabou por afetar todo o setor produtivo nos quatro cantos do mundo, impactando a relação capital-trabalho. Este mesmo fenômeno também apontou as mudanças na relação produção-consumo, impondo as empresas um novo formato para se comunicar e comercializar com o já abalado mercado consumidor.
O gestor público precisará compreender este momento histórico e direcionar suas ações ao empreendedorismo criativo, turismo, cultura, patrimônio material e imaterial, para gerar trabalho e inovar o setor mais impactado pelo vírus e suas duras consequências: as áreas de turismo, lazer e entretenimento agonizam há quase dois anos sem respostas objetivas dos administradores públicos.
Será fundamental perceber essas nuances dada a crítica situação de desemprego gerada pelo fechamento de inúmeros estabelecimentos comerciais, colocando em situação de desespero milhares de trabalhadores que ficaram à margem do sistema produtivo.
Neste sentido, há que se desenvolver mecanismo inteligente para manter e atrair novas empresas e modernos empreendimentos para as cidades, em particular as que possuem patrimônio histórico, praias e áreas verdes, que são fatores diferenciais para as empresas de turismo, cultura, entretenimento, tecnologia e inovação.
As demais cidades também precisarão se reinventar para sobreviver à era pós Covid. Com o avanço das novas tecnologias impulsionadas pela obrigatoriedade do afastamento social, onde tudo mudou e continuará mudado, o gerenciamento público dependerá de mentes inteligentes, experientes e capazes para reavaliar o quadro e iniciar o processo de mudança estrutural.
O ente público precisará construir parceria público-privada para melhorar a iluminação pública e a infraestrutura. Concomitante a isso, inspirar novas formulações de políticas públicas com foco no cidadão e na melhoria de sua qualidade de vida, transformando as cidades Catarinenses, cada bairro e local, no melhor lugar do mundo para se viver, produzir e se desenvolver de forma prática e segura.
(ND, 20/04/2021)