02 mar Pressão por distribuição mais justa da vacina da Covid-19 para Santa Catarina
Da Coluna de Fabio Gadotti (ND, 01/03/2021)
Documento entregue ao Fórum Parlamentar Catarinense pelo Movimento Floripa Sustentável, Associação FloripAmanhã e OABSC faz um apelo para que seja resolvida a “desproporcional distribuição de vacinas” que tem prejudicado Santa Catarina.
“É inadmissível que nosso Estado figure na penúltima posição na ordem para recebimento das doses”, afirmam as entidades, que pedem “uma ação urgente, firme e com base em fortes argumentos” junto ao Ministério da Saúde.
“O que pedimos não é nenhum privilégio, mas, sim, a justa distribuição das doses de vacinas contra a Covid-19, levando-se em conta a proporcionalidade, dados corretos e situação caótica do sistema de saúde em nosso Estado”, dizem no documento. Santa Catarina é o penúltimo, proporcionalmente, na quantidade de doses recebidas do governo federal.
Além de reivindicarem um tratamento mais justo para SC, as lideranças também querem atuar em outra frente: a possibilidade de compra direta das doses para destravar o cronograma de imunização.
Em reunião com o Fórum Parlamentar na sexta-feira , o presidente da OABSC, Rafael Horn, lembrou a decisão do Supremo Tribunal Federal que autorizou a importação de vacinas por Estados e municípios, sem registro da Anvisa.
Ana Cristina Blasi, representante estadual do Movimento Unidos pela Vacina, liderado pela empresária Luiza Trajano, informou que um questionário foi encaminhado aos municípios com o objetivo de entender quais os gargalos de infraestrutura que são entrave para a imunização.
Com base nesse diagnóstico, o movimento vai buscar uma solução para agilizar a aplicação das doses. Até ontem, apenas 52 do 295 municípios catarinenses tinham respondido.
Segundo o secretário de Saúde da Capital, Carlos Alberto Justo da Silva, o ideal é ter o público acima de 60 anos vacinado antes do inverno, estação com maior incidência de problemas respiratórios.