19 fev MTur e Unesco selecionam instituição para subsidiar a criação da Rede Brasileira de Cidades Criativas
Com o objetivo de estimular o crescimento econômico de municípios brasileiros por meio do turismo e da economia criativa, o Ministério do Turismo planeja implementar no país a Rede Brasileira de Cidades Criativas (RBCC). Assim, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o MTur lançou edital que vai selecionar uma instituição para auxiliar na criação de um modelo conceitual para o desenvolvimento da Rede.
A instituição contratada deverá realizar levantamento de informações e a elaboração de um documento referência com diretrizes, estratégias e critérios de inserção de cidades criativas na rede brasileira. O edital para o chamamento público está disponível no site da Unesco (Clique aqui para acessar). As propostas podem ser enviadas até o dia 1º de março.
Para o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, a criação de uma rede que congregue destinos turísticos criativos no Brasil permitirá ao MTur destacar as principais políticas setoriais e induzir a participação ativa dos municípios. “O resultado é a melhoria dos negócios criativos e turísticos já existentes, bem como a criação de novos empreendimentos e modelos de gestão comprometidos com a promoção e o uso responsável dos recursos, conectando pessoas ou organizações com interesses em comum”, avalia.
O edital de seleção faz parte do Projeto de Cooperação Internacional, firmado entre o Ministério do Turismo, a Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE) e a Unesco. “Esse projeto de cooperação internacional busca a promoção do turismo nos sítios do patrimônio cultural e natural, da economia criativa e de outras políticas vinculadas ao turismo e ao desenvolvimento sustentável”, explica o secretário-executivo adjunto do Ministério do Turismo, Higino Brito Vieira.
CIDADES CRIATIVAS – A ideia da Rede Brasileira de Cidades Criativas é estimular cidades a usarem o seu capital criativo e inovador para promoção do desenvolvimento, com incentivo à adoção de ações locais e territoriais que reúnam, primordialmente, os governos municipais, empreendimentos e agentes criativos, gerando oportunidades de negócios, emprego, trabalho, renda e o pleno exercício da cidadania.
“A proposta é potencializar a indústria criativa em todo o país, alavancando o desenvolvimento econômico e social das comunidades. Com mais de 5.500 municípios, o Brasil tem potencial para usar a criatividade como fator estratégico para o desenvolvimento”, destaca o secretário nacional de Desenvolvimento e Competitividade do Turismo, William França.
Atualmente, dez cidades brasileiras fazem parte da Rede Mundial de Cidades Criativas da Unesco, que, desde 2004, reconhece mundialmente esforços de cidades para colocar a economia criativa, por meio de projetos turísticos e culturais, no centro de planos de desenvolvimento urbano. São elas: Belém (PA), Florianópolis (SC), Paraty (RJ) e Belo Horizonte (MG), no campo da gastronomia; Brasília (DF), Curitiba (PR) e Fortaleza (CE), em design; João Pessoa (PB), em artesanato e artes populares; Salvador (BA), na música; e Santos (SP), no cinema.
As cidades criativas são fruto das transformações socioeconômicas, políticas e culturais em nível mundial. Fatores como o aumento da população urbana e mudanças no estilo de vida da população impactam os modos de produção e de consumo de bens e serviços turísticos. Por isso a necessidade de criação de novos modelos de destinos turísticos, que apontem soluções inovadoras para problemas locais, tendo como resultado a melhoria na qualidade de vida das pessoas.
(Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo, 18/02/2021)