Especial: A trajetória das Cidades Criativas

Especial: A trajetória das Cidades Criativas

Embora não haja um modelo ideal de cidade, muitos acadêmicos e práticos têm proposto novos conceitos e tipologias que se encaixam no contexto contemporâneo e podem melhorar a vida urbana, tais como cidades sustentáveis, cidades do conhecimento, cidades inteligentes e cidades criativas. Dentre as mais ligadas à inovação, a cidade criativa se destaca por valorizar as capacidades urbanas e cidadãs nesse processo transformacional.

É talvez impossível precisar qual foi a primeira cidade criativa da história ou a mais antiga, mas foi pelo trabalho de Landry e Bianchini que o conceito de cidades criativas, com o significado que possui hoje, foi lançado há trinta anos. Os pesquisadores desenvolveram ações e pesquisas em mais de 100 cidades de diferentes continentes para compreender o impacto do desenvolvimento da vida artística, cultural e social local na regeneração urbana. Um dos marcos desse processo de criação do conceito foi um workshop realizado em Glasgow, no início dos anos 90, denominado The Creative City, resultando, posteriormente, na publicação da obra homônima que apresenta a visão dos dois autores [1] [2].

O modelo de cidade criativa se disseminou em diferentes localidades e foi objeto de estudo de acadêmicos e pesquisadores, mas teve como marco de atratividade, com a publicação da teoria da classe criativa de Richard Florida, em 2002. A teoria de Florida sobre os trabalhadores criativos e a defesa da criatividade como um recurso central para o desenvolvimento econômico urbano, apesar de não ter ligação direta com o trabalho de Landry e Bianchini, lançou ainda mais luz sobre esse conceito e atraiu novos públicos para a tipologia [3] [4].

(Confira a matéria completa em VIA – Estação Conhecimento, 30/01/2021)