MPF pede regularização urgente de obras da rua Deputado Antonio Edu Vieira

MPF pede regularização urgente de obras da rua Deputado Antonio Edu Vieira

Da Coluna de Fabio Gadotti (ND, 14/09/2020)

Em processo judicial, o Ministério Público Federal (MPF) requereu à Justiça Federal que determine por medidas liminares que o município de Florianópolis, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) e a Universidade Federal de Santa Catarina regularizem imediatamente o licenciamento para as obras de duplicação da Rua Antonio Edu Vieira, no entorno do campus Trindade da UFSC. Na semana passada, a prefeitura informou à coluna que a nova licitação para a duplicação da rua deve sair em breve.

Em vistoria no local, no último 31 de agosto, o IMA constatou que a duplicação está paralisada, abandonada há meses, havendo ocupação clandestina que usa materiais como a placa da obra. Também informou não saber se o licenciamento ambiental está de acordo com o que foi iniciado no local.

á os técnicos da UFSC que estão atuando no processo judicial têm afirmado que as obras iniciadas não estão de acordo com o licenciamento, e que a prefeitura não está cumprindo o que foi acordado com a universidade, pela cessão do terreno.

O MPF pede que a Justiça Federal determine ao município a adoção de medidas concretas e urgentes para retirar terceiros da área das obras, providenciar segurança ambiental e contra ocupações, bem como para retomar os trabalhos ou definir com o IMA um projeto de recuperação ambiental integral, devolvendo o espaço à UFSC. Que o município também instaure processo administrativo disciplinar para investigar os responsáveis pela frustração da obra e pelo desperdício de dinheiro público, bem como pelas intervenções não licenciadas, ou licenciadas de forma diversa.

Outro pedido do MPF ao juízo é para que determine ao IMA que instaure procedimento administrativo disciplinar para investigar, identificar e punir os seus técnicos responsáveis pelo licenciamento, feito sem atenção ao elemento hídrico e à área de preservação permanente de suas margens, existentes no local já alterado.

Ainda foi requerido à Justiça Federal que sejam fixados prazos urgentes e de pena pecuniária para a hipótese de novas protelações ou do descumprimento das liminares antes deferidas, lembrando que a vistoria realizada pelo IMA, sem atenção para o acordado em audiência, “caracteriza no mínimo afronta ao Judiciário”.