28 ago Grupo econômico discute retomada de eventos e suspensão do reajuste da Celesc
Da Coluna de Estela Benetti (NSC, 27/08/2020)
Uma das informações do Secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, na reunião desta quinta-feira do grupo econômico, que analisa decisões em função da pandemia, foi de que a retomada dos eventos vai acontecer quando todas as regiões do Estado saírem do quadro gravíssimo (vermelho) da doença. Outro tema foi o reajuste da Celesc. O secretário informou que o Procon de Santa Catarina, com apoio da Procuradoria Geral do Estado, ingressou com ação contra o reajuste de 8,14% nas tarifas.
Sobre a retomada dos eventos, o secretário informou que a redução da incidência da Covid-19 no Estado já permite começar a programar isso. A expectativa é de que em 15 dias não haverá mais região em vermelho. Mas ele alertou que a volta, a exemplo de outros setores, será com restrições. A preocupação é que o setor é um dos que estão sem atividades desde o início da pandemia, por isso enfrenta severa crise econômica. Quanto à volta das aulas presenciais, a expectativa é de retomada em outubro, informou ele.
Em função da crise econômica causada pela Covid-19, o Procon estadual entrou com ação para suspender o reajuste nas contas de luz da Celesc. O argumento é de que esse momento não é oportuno. Foi explicado na reunião que a alta foi aprovada Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a variação ficou elevada principalmente devido à alta do dólar, que encareceu a energia vinda de Itaipu.
A reunião do grupo é realizada semanalmente com a participação do Secretário de Estado da Fazenda, representantes das sete federações empresariais que integram o Conselho das Federações (Cofem) e lideranças dos poderes como o Ministério Público de Santa Catarina, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e Assembleia Legislativa.
O presidente da Federação das Associações Empresariais (Facisc), Jonny Zulauf, um dos que acompanharam a reunião, mostrou otimismo com a retomada gradual de eventos. Ele alertou também que está ocorrendo um aumento de preços de diversas matérias-primas em função da retomada econômica pós-pandemia. Um dos setores com mais falta de insumos e pressão de preços é o da construção civil.