06 abr Entidades de SC defendem cortes de privilégios do poder público
As dificuldades que União, governos e prefeituras têm a enfrentar nos próximos meses para manter os serviços públicos e o combate à Covid-19 com o mesmo orçamento que não previa uma pandemia como a que o País está vivendo.
O Grupo ND sugere que esse é o momento para que os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e o Ministério Público ajam em favor de todos os brasileiros e reduzam, por três meses, os salários dos funcionários públicos, com exceção dos servidores que atuam nas áreas de saúde e segurança.
O presidente da Fecam (Federação dos Municípios de Santa Catarina), Saulo Sperotto, afirmou que todos os poderes devem dar sua contribuição e se adequar para enfrentar a crise.
No caso dos municípios, Sperotto, que é prefeito de Caçador, disse que todos foram orientados a paralisar qualquer investimento ou novo programa para canalizar os recursos na área da saúde.
“Precisamos todos fazer uma reflexão profunda sobre todos os custos administrativos. Nos últimos anos a economia ficou estagnada, mas a folha de pagamento, por exemplo, cresceu vegetativamente e não para de crescer. Isso tira a possibilidade de investimentos”, salientou Sperotto.
Segundo a avaliação do presidente da Fecam, os municípios vão enfrentar problemas para honrar compromissos, como pagar servidores e fornecedores. “Todos serão afetados pela desaceleração da economia. Caçador é o sexto exportador de Santa Catarina e já sente os reflexos da crise. Se os municípios pararem, para o Brasil”, afirmou.
Para Sperotto, os governos dos estados e o federal devem ajudar os municípios, que são os principais responsáveis por cuidar das pessoas.
“Nós do executivo podemos e devemos nos ajustar, mas os outros poderes têm que fazer a parte deles. Há muitas reformas a serem feitas, muito a ser revisto. Daqui para frente, após a pandemia, vamos viver um momento muito diferente do que conhecemos até agora”, disse.
(Confira a reportagem completa em ND, 06/04/2020)