31 mar Coronavírus: sem “grandes hospitais de campanha”, governo de Santa Catarina prioriza rede hospitalar
Da Coluna de Ânderson Silva (NSC, 31/03/2020)
O plano do governo de Santa Catarina para a “convivência com o vírus”, como vem chamando o governador Carlos Moisés da Silva, prevê o uso da rede hospitalar para o atendimento dos casos do novo coronavírus. Por isso, segundo ele, não estão previstos “pelo menos na nossa programação inicial, grandes hospitais de campanha, construção de grandes prédios”.
– Temos a rede hospitalar, que precisa ser vocacionada para este atendimento. E é possível fazer, porque já temos a estrutura, temos o oxigênio, temos as redes adequadas. Toda uma estrutura pronta e os profissionais, que são os recursos mais importantes que nós temos – afirmou Moisés durante coletiva de imprensa na noite de segunda-feira (30).
Depois de recuar do plano estratégico de retomada econômica previsto para esta semana, o governo catarinense divulgou como pretende fortalecer a rede de saúde, um dos pontos fundamentais para o recomeço da circulação de pessoas. A previsão é de que até o final de maio o Estado tenha 713 novos leitos de UTI, segundo o secretário de Saúde, Helton Zeferino.
Para isso, já estão sendo escolhidos hospitais que serão referências. Parte deles faz parte da administração estadual, enquanto também haverá unidades filantrópicas. Outros Estados também vêm descartando estruturas de campanha, como é o caso do Amazonas e do Paraná, que recentemente negaram a possibilidade de uso de estádio de futebol. Ambos seguem a linha catarinense de apostar na rede própria.
Em São Paulo e o no Rio de Janeiro as secretarias caminham no sentido contrário. O estádio do Pacaembu (SP) já recebe uma estrutura de campanha, enquanto o Maracanã (RJ) também deve sediar unidades de tratamento do coronavírus.