28 jan Fim de papo
Da Coluna de Cacau Menezes (NSC, 28/01/2020)
A Grow Mobility, empresa de aluguel de bicicletas e patinetes elétricos resultado da fusão entre a Yellow e a Grin, anunciou o encerramento de suas operações em 14 cidades brasileiras.
Capitais como: Belo Horizonte, Brasília, Florianópolis, Goiânia, Porto Alegre e Vitória, além de grandes cidades, como Guarapari e Vila Velha, no Espírito Santo, e Campinas, São Vicente, Santos e São José dos Campos, em São Paulo, não terão mais esses meios de transporte espalhados por suas ruas.
O anúncio aconteceu apenas duas semanas após a concorrente Lime declarar que deixaria de atuar na América Latina, interrompendo a operação em 12 cidades que não davam lucro. Entre as brasileiras, estão São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo o site Tecnoblog, empresas como Bird, Scoot e Lyft, que não atuam no Brasil, também deixaram de operar em alguns mercados pelo mundo e demitiram funcionários.
Na Grow, a justificativa é a de um processo de reestruturação e ajuste operacional. A meta para 2020 é aperfeiçoar a oferta de seus serviços nas cidades em que atua e expandir suas operações com responsabilidade. De acordo com informações da empresa ao Mobile Time, “a eficiência econômica é um dos desafios da empresa”, que tem atuação em sete países na América Latina e chegou a 20 milhões de corridas em novembro de 2019.
Segundo o jornal O Estado de São Paulo, a empresa – que queria se tornar um unicórnio – sofreu nos últimos meses com falta de capital, disputas de poder, questões regulatórias e o alto custo das viagens em patinetes, de R$ 8 para cada dez minutos. Ainda segundo o jornal, havia expectativa de uma nova rodada de aportes. Em abril, a startup negociava investimentos de US$ 150 milhões liderados pelo grupo japonês SoftBank, mas a negociação não foi adiante e a Grow teria ficado com o caixa prejudicado.