As grandes interrogações da era

Anita Pires

As grandes interrogações da era

Anita Pires

Artigo de Anita Pires
Presidente da Associação FloripAmanhã

Vivemos tempos instigantes, mas muito difíceis. As grandes transformações e a crise mundial, tecnológica, econômica, social e ambiental obrigam as pessoas, empresas e instituições a repensarem o seu papel. A falência do Estado contribui para o caos ético e moral dos mais diversos povos e países.

Nós, dirigentes de instituições, empresários, cidadãos, percebemos o impacto e o enfraquecimento das instituições, seus valores éticos, morais e humanos. Como sobreviver nesse cenário, necessitando urgente de novos valores humanos, respeito às diferenças, luta contra a miséria que mata milhões de crianças de sede e de fome?

Vivemos numa crise civilizatória. Mas, por outro lado, a cada dia que passa vislumbramos um mundo novo. Novas ferramentas científicas e tecnológicas são descobertas e a humanidade constrói soluções que mudam o cenário mundial exigindo de cada um de nós um olhar diferente, inteligente, inovador e criativo para pensar e viabilizar esse mundo novo.

Neste contexto, as Nações Unidas dão um exemplo extraordinário de construção da nova era com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). É uma agenda mundial aprovada em 2015 pela Cúpula das Nações Unidas. São 17 objetivos e 169 metas. Os ODS só serão realizados mediante um compromisso renovado de cooperação da comunidade internacional, em parceria que inclua todos os setores interessados, pessoas, países, prefeituras, empresas, ou seja, todas as instituições público-privadas.Os ODS espelham as mazelas sociais e ambientais que assolam o planeta na atualidade. A diretriz essencial é não deixar ninguém para trás. Precisamos de todo mundo.

“Acreditamos no potencial ilimitado da Humanidade em criar um futuro melhor para todos”, defende a ONU. Nosso apelo é que as ações das nossas associações, das nossas empresas, sejam sempre linkadas aos ODS.
Os ODS são uma luta para que a gente enfrente a grande crise mundial de valores éticos e consiga favorecer todos os países, todas as pessoas, para que possamos ter uma vida humana respeitada e que o desenvolvimento sustentável seja uma realidade para todos.

(ND, 21/12/2019)