O 12 de dezembro de 2019 resume a imobilidade de Florianópolis

O 12 de dezembro de 2019 resume a imobilidade de Florianópolis

Da Coluna de Ânderson Silva (NSC, 12/12/2019)

Foi do começo ao final do dia. Da entrada da Ilha ao caminho do Norte da parte insular de Florianópolis. A imobilidade da Capital catarinense ficou evidente neste 12 de dezembro de 2019. São raros os que passaram ilesos por alguma das inúmeras filas que se formaram no trânsito nesta quinta-feira tumultuada.

O congestionamento logo cedo, na tentativa de acesso à Ilha pela ponte Pedro Ivo Campos, deu o tom do que seria o dia. As filas se estenderam pela Via Expressa, entraram nos bairros de Florianópolis e em São José. Assim foi até a metade da tarde. Trajetos feitos em 20 minutos foram duplicados para 40. Trechos pequenos percorridos em um tempo excessivo.

Mas não parou por aí. Logo chegou o final de tarde. A SC-401, sufocada antes mesmo do verão, teve como palco um ônibus estragado. Resultado: filas, mais filas. O acesso ao Norte da Ilha trancou. E se espalhou para Trindade, Itacorubi, Centro, Santa Mônica. O veículo parado, aliado à demora para a retirada, fizeram a Ilha parar.

Este 12 de dezembro mostra o quanto a Capital catarinense é refém da imobilidade. Manhã, tarde e noite. Não há uma integração de esferas (municipal, estadual e federal) para atacar o problema. Falta um sistema conjunto de resposta. O acidente aconteceu? Entram em ação as três esferas, cada um ao seu modo, em seu trecho. Florianópolis hoje teve efeitos em ruas do município, rodovia federal e rodovia estadual.

A nove dias do verão, a amostra do que está por vir foi clara. Não há como Florianópolis fechar os olhos para a mobilidade. O problema é mais grave é complexo do que ser tratado com obras. É preciso mais. Para isso somente um projeto integrado terá efetividade. Caso contrário, serão mais dias como está 12 de de dezembro para atrasar, literalmente, a cidade.