09 dez As chances de banho na Beira-Mar Norte no Verão
Da Coluna de Ânderson Silva (NSC, 07/12/2019)
Foram várias as promessas de prazo de despoluição da Beira-Mar Norte, em Florianópolis. Com o sistema em operação desde março, as autoridades mais otimistas falavam em balneabilidade na metade do ano. Entre setembro e outubro, em menos de um mês, a água chegou a ser considerada própria, mas depois disso os resultados deixaram o local impróprio.
Com o atual cenário, os primeiros dias da estação mais quente do ano não terão a Beira-Mar Norte como opção de banho. Isso porque, nos testes de medição do IMA, o local precisa apresentar índice de coliformes fecais abaixo de 800 em quatro de cinco testes. No cenário atual, na melhor das hipóteses, isso ocorreria somente depois do dia 25 de dezembro, quatro dias depois da abertura do verão.
A medição mais recente, de 4 de dezembro, apontou para um índice abaixo de 800, o que abre a série positiva. Mesmo assim, são necessárias mais três semanas de água boa. Enquanto isso, o local continua impróprio para banho.
Aprendizado
Espera-se que prefeitura e Casan tenham aprendido as lições das promessas não cumpridas de despoluição. Os R$ 18 milhões investidos no sistema interessam ao morador da Capital, que pede as respostas dos resultados ruins na qualidade da água. O programa é complexo, inédito por essas bandas. Por isso mesmo não deveria ser levado como marketing e nem promessa a qualquer custo. A pressa por resultados atrapalha, mas foi causada por quem deveria ter os pés no chão.
Falta muito
Naturalmente, mesmo com a água própria para banho em algum período do verão, a Beira-Mar Norte deve ficar longe do cenário imaginado por muita gente: praia lotada. A desconfiança ainda é enorme, potencializada pela instabilidade do sistema. A empresa contratada para instalar o projeto fará adequações para melhorar a qualidade da água. Mas somente o tempo dará a credibilidade que se espera para a confiança ser criada e gerar movimento na praia da Beira-Mar.