26 ago O repúdio de Acif, CDL e Fórum de Turismo a Paulo Eli
Da Coluna de Moacir Pereira (NSC, 26/08/2019)
O governo Carlos Moisés da Silva (PSL) abriu uma nova crise política. Agora, as divergências envolvem o secretário da Fazenda, Paulo Eli, e os proprietários de bares e restaurantes do Estado. Na origem, declaração do secretário classificando empresários de sonegadores.
Depois dos protestos da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-SC), três notas de repúdio contra o secretário foram emitidas no fim de semana. Uma da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da Capital, outra do Fórum de Turismo e a Terceira da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif).
Os lojistas classificaram a manifestação de desrespeitosa e que “denota escandalosa imprecisão com dados para quem ocupa tão relevante cargo”. Criticam Paulo Eli pelo regime de substituição tributária, que definem como “armadilha que estrangula a produção e investimentos.”
Em outro trecho da nota, “a CDL de Florianópolis repudia suas afirmações e espera, no mínimo, uma retratação pública de quem deveria zelar pela correta e justa aplicação da política tributária estadual.”
Já o Fórum de Turismo da Grande Florianópolis, falando por 20 entidades, afirma que o secretário atuou de “forma leviana”. Depois de assinalar que o setor produtivo “não é formado por irresponsáveis”, prossegue: “Esmagados por uma carga tributária que representa um terço do PIB – e que só faz crescer para manter em funcionamento a gigantesca máquina pública – milhares de empreendedores trabalham dia e noite e chegam ao fim do mês com ganhos inexpressivos, na maior parte das vezes suficientes apenas para pagar um modesto salário para eles próprios.”
A Acif diz que as declarações do secretário Paulo Eli “são dignas de repúdio”. E critica a retirada dos incentivos, dizendo que vai onerar toda a população”.