O Centro e os ambulantes

O Centro e os ambulantes

O ND sempre defendeu em seus editoriais e com reportagens contundentes a revitalização da parte leste do Centro Histórico da Capital. Tanto pelo viés da conservação do nosso patrimônio histórico quanto pela criação de uma alternativa de turismo e geração de renda. Da mesma forma, sempre criticou a falta de controle do comércio ambulante, não somente naquela região, mas em toda a cidade. O que se percebe agora, é que no caso do Centro Histórico, a luta pela recuperação da parte leste acabou se transformando em um novo “filão de mercado” para a ilegalidade. A situação não pode ser aceita pelas autoridades e há toda razão dos moradores em reclamarem da algazarra e da sujeira. Sem os ambulantes na região, não há dúvidas de que os frequentadores se dispersarão no horário certo.

Se polícia e prefeitura não agirem com pulso firme nessa situação, o que era para ser a redenção da região, em pouco tempo pode se transformar na sua falência. A Polícia Militar precisa ter condições de fazer valer a lei do silêncio e de dar segurança para quem frequenta a região. A prefeitura, de outro lado, precisa realizar operações constantes de fiscalização, dando segurança de funcionamento para quem tem alvará para trabalhar e paga seus impostos regularmente. Há relatos de comerciantes sobre famílias que deixam de frequentar a região, preocupadas com a segurança.

Depois da reunião promovida pelo Ministério Público na terça-feira, outra reunião foi marcada para daqui 30 dias, quando medidas como a ocupação do espaço público pelos comerciantes legalizados, reforço da iluminação pública, poda de árvores e fiscalização dos ambulantes serão implementadas ou intensificadas. A esperança dos moradores é de noites mais tranquilas e dos comerciantes, de tranquilidade para trabalhar.

(Editorial ND, 15/08/2019)