29 jul O Brasil respira
Da Coluna de Cacau Menezes (NSC, 29/07/2019)
Do empresário Fernando Marcondes, li, gostei e divido com você, leitor, que torce pelo Brasil:
“Prezado Cacau. O avião começou a correr na pista. Nos próximos meses, decola para fechar o ano com uma velocidade em torno de 1%, – pequena mas significativa – depois de cinco anos trágicos. Em 2020, será superior a 2% e depois provavelmente 3% ou até mais. Os sinais são alvissareiros: foram criadas mais de 400 mil vagas formais no 1º semestre deste ano, com o melhor resultado desde 2014; o varejo já está apresentando sinais positivos de crescimento; o governo federal vai liberar R$ 150 bilhões do FGTS até 2021, que incrementará muito o consumo; o Banco do Brasil e a Caixa venderam ativos no valor de R$ 16 bilhões; a Petrobrás vendeu parte de sua participação na BR-Distribuidora abocanhando R$ 8 bilhões; o juro (Selic) hoje de 6,5% deve baixar para 6% na próxima reunião do Banco Central e provavelmente 5,5% ou menos até final do ano, estimulando o consumo e os investimentos; o compulsório dos bancos (parte dos depósitos que os bancos não podem emprestar) vai ser reduzido de 33% para 31%, o que representará uma injeção no crédito de R$ 16 bilhões; com a nova legislação do gás o previsão é de uma redução do seu preço em 40% em 2 anos, com enorme reflexo na taxa de crescimento. As privatizações, leilões e licitações de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, que ocorrerão a partir de 2020, movimentarão algumas centenas de bilhões de reais. Finalmente, o acordo com a Comunidade Europeia, já assinado mas cuja finalização está previsto para daqui a dois anos, dada a sua complexidade, representará em definitivo o ingresso do Brasil no mundo dos grandes, com enormes reflexos no seu comércio exterior”.
Portanto, empresário, dono de empresas com 1,5 mil empregados e economista formado, Fernando Marcondes não nega que está otimista.