03 jul Cidade e a construção coletiva
Artigo de Anita Pires, presidente da Associação FloripAmanhã e coordenadora da Rede Ver a Cidade Florianópolis.
A história da participação social em Florianópolis mostra que vivemos um momento muito rico. O protagonismo das pessoas e organizações, a capacidade de diálogo e alianças público privadas estão cada vez mais presentes. E isso é fundamental pois a cidade necessita de instrumentos e organizações associativas mobilizadas pensando e construindo coletivamente o futuro da cidade. Hoje temos redes de pessoas e associações debatendo e planejando diariamente projetos, ações e instrumentos para enfrentar a crise e construir cada vez mais bem estar social para todos.
A Rede Ver a Cidade (Rede de Monitoramento Cidadão) de Florianópolis é uma dessas ferramentas que a cidade já se apossou para acompanhar o desempenho dos serviços públicos e da qualidade de vida no município. A Rede realiza a captação e a análise de 158 indicadores, divididos nas dimensões ambiental, urbana e fiscal.
Esses indicadores são levantados pelo Grupo de Monitoramento, coordenado pela FloripAmanhã, analisados por um Grupo de Inteligência coordenado pela UFSC e apresentados para a sociedade civil organizada e a Prefeitura de Florianópolis.
O objetivo é orientar a construção de políticas públicas a partir desses indicadores e contribuir para uma maior transparência na gestão pública. Pelo segundo ano, em parceria com Acaert, UFSC e Floripamanhã, a Rede Ver a Cidade apresentou o resultado desse trabalho no Relatório de Acompanhamento de Progresso dos Indicadores – RAPI 2018, disponível para download no link http:// floripamanha.org/publicacoes. Os resultados foram animadores!
Houve melhoria nos indicadores de Desigualdade Urbana, Conectividade, Saúde, Educação e Gestão Participativa. Já nos indicadores negativos podemos citar o esgotamento sanitário, drenagem, energia e dívida pública. A partir dessas informações, estamos construindo uma nova cultura de olhar e conhecer a cidade. E dessa forma, a sociedade pode ter uma participação mais efetiva no controle da qualidade de vida e de bem estar social. Para a gestão pública essas informações são fundamentais, pois não existe gestão sem informação.
(ND, 03/07/2019)