13 maio Entrevista: “A função do poder público é desburocratizar processos”
Da Coluna de Fabio Gadotti (ND, 10/05/2019)
Recém-empossado na secretaria do desenvolvimento econômico da Prefeitura de Florianópolis, o professor Thiago Chaves tem a missão de destravar questões que atrapalhavam a vida do empreendedor e melhorar o ambiente de negócios na cidade, que busca consolidar o título de “vale do silício brasileiro”. Thiago conversou com a coluna sobre os principais desafios à frente do cargo, entre ele dinamizar a economia criativa e valorizar as vocações da Capital: tecnologia, gastronomia e turismo.
Quais as principais prioridades à frente da secretaria?
A primeira missão é regulamentar e instituir o conselho de desenvolvimento econômico e social de Florianópolis. Na minha vocação acadêmica sempre carreguei a bandeira do empreendedorismo e do impacto social: agora chegou o momento de somar à gestão municipal para fortalecer políticas públicas que facilitem a vida do empreendedor, assim como a lei da desburocratização já encaminhado à Câmara de Vereadores.
Nossa meta é incentivar o desenvolvimento da cidade de forma intensa, a economia tem que acontecer aqui – esta é a melhor ação social que existe. Enfim, é dar liberdades para que todos empreendedores possam trabalhar.
Como melhorar o ambiente de negócios na cidade?
Florianópolis é uma capital que atrai o olhar de todo o mundo não somente pelo sua beleza natural mas pelas oportunidades econômicas que oferece. A função do poder público é desburocratizar processos; ser parceiro de investidores e empreendedores.
Como professor de administração sempre acreditei que a economia acontece na cidade, no bairro. Temos que incentivar um ambiente plural de negócios – valorizar as vocações de Florianópolis – da tecnologia, do turismo, da gastronomia que já é uma digital da gestão.
A minha vinda técnica é para somar de forma transversal, para investir em um modelo de desenvolvimento integral e sustentável que favoreça a segurança e a confiança por mais investimentos.
E como pretende trabalhar a pauta da economia criativa?
A economia criativa é muito viva na cidade. Acredito que o agente público tem que ser um facilitador dessa nova economia. Devemos impulsionar e incentivar o nosso vasto capital intelectual. Um bom exemplo é o Porto Digital, parque tecnológico em Recife (PE).