24 maio Audiência Pública sobre emissário submarino terá nova data
A pedido da comunidade, foi adiada a audiência pública para discussão e apresentação do RIMA do projeto do Sistema de Disposição Oceânica do Sul da Ilha, mais conhecido por emissário submarino. Ao ser definida, a nova data será amplamente divulgado pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA).
Emissário Submarino é uma tubulação que leva o efluente final de uma Estação de Tratamento de Esgotos até um local que tenha condições ambientais favoráveis para sua assimilação pela natureza. O emissário não é uma estação de tratamento, mas sim um equipamento para disposição final de efluente tratado.
O Sistema de Disposição Oceânica do Sul da llha, segundo projeto apresentado pela CASAN ao IMA, visa possibilitar a ampliação da rede de esgotamento sanitário de Florianópolis e das Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), por meio da implantação de tubulação subterrânea com comprimento de aproximadamente 5 mil metros, em um eixo perpendicular à linha da costa localizado ao norte da Ilha de Campeche e distante 5.300 metros da mesma.
Os emissários terrestres e submarinos de um Sistema de Disposição Oceânica são destinados a conduzir efluentes de forma hidráulica, desde a Estação de Tratamento de Esgoto até a tubulação difusora. A câmara ou chaminé de equilíbrio, um dos componentes do sistema, garante a estabilidade do bombeamento do esgoto tratado em regime contínuo e uniforme. O trecho difusor possui orifícios (difusores) convenientemente espaçados, pelos quais os esgotos são lançados com vazão e velocidade dimensionados para que haja uma diluição inicial adequada.
O Projeto
Segundo o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), a construção do sistema será feita pelo método não destrutivo “Pipe Jacking”, devido ao seu menor impacto socioambiental. Na faixa inicial, entre as dunas e a zona de arrebentação, a tubulação é de concreto, enquanto após a zona de arrebentação a tubulação inserida será de PEAD (Polietileno de Alta Densidade), ancorada no assoalho marinho com a ajuda de blocos de concreto.
O diâmetro da tubulação será de 90 cm. Os últimos 175 metros serão utilizados para alocação de 50 difusores, dispostos em dupla, espaçados a cada sete metros, que farão a dispersão do efluente tratado de forma a evitar passivos à hidrodinâmica local. Neste contexto, estima-se que a construção do Sistema de Disposição Oceânica abranja um custo de R$ 190.000.000,00 e um prazo de 27 meses de construção.
A audiência
A audiência pública é uma das primeiras etapas do processo de licenciamento ambiental e serve para a apresentação do projeto, esclarecimento de dúvidas por parte da população, além de dar embasamento aos técnicos sobre as demandas, sugestões e preocupações da comunidade com relação ao empreendimento.
“É neste momento que os moradores e demais setores envolvidos podem dialogar e sanar as dúvidas sobre os projetos. Também é uma fase essencial para o licenciamento, pois é por meio deste encontro que o órgão ambiental conhece a realidade local e as percepções sobre a instalação do empreendimento”, destaca o presidente do IMA, Valdez Rodrigues Venâncio.
O EIA/RIMA que apresenta as características do projeto está disponível em:
– CASAN – Matriz, na Gerência de Comunicação Social (Rua Emílio Blum, 83, Centro).
– CASAN – CIOM (Rua Quinze de Novembro, 230 Balneário, Florianópolis).
– CASAN Ag. Sul da Ilha (Rod. Baldicero Filomeno, 106, Trevo do Erasmo).
– EEB Brigadeiro Eduardo Gomes (Rua pequeno príncipe, 2939, Campeche).
– e no site do IMA em http://www.ima.sc.gov.br/index.php/licenciamento/consulta-eia-rima
(CASAN, 24/05/2019)