15 abr Radar aponta que parte do Forte de São Luís, em Florianópolis, pode estar soterrada
Um estudo contratado pela Prefeitura de Florianópolis a pedido do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) encontrou um “maciço” soterrado no local às margens da avenida Beira-Mar Norte, em Florianópolis, que na verdade pode se tratar das ruínas do que um dia foi o Forte de São Luís da Praia de Fora. O trabalho foi realizado com um radar de penetração de solo, conhecido como GPR, capaz de identificar a presença de estruturas arqueológicas abaixo da superfície.
Como se trata de um levantamento preliminar, a descoberta agora deve ser alvo de pesquisas mais aprofundadas, que vão analisar o material soterrado e a sua qualidade e validade para possíveis estudos históricos e arqueológicos. O plano do município é transformar o local em praça pública.
O forte, erguido por volta de 1771 às margens da Baía Norte, no governo de Francisco de Souza Menezes (1765-1775), tinha função complementar aos demais equipamentos de defesa da Ilha para proteger o acesso a então vila de Nossa Senhora do Desterro. Localizado próximo do também desaparecido córrego das Lavadeiras foi atuante também contra embarcações de contrabandistas que insistiam em atracar por ali.
Em 1841 a estrutura foi leiloada e desde então pouquíssimos registros apontam com certeza seu destino. Algumas correntes acreditam que foi demolido com receio de que a cidade caísse em poder dos revolucionários republicanos.
O avanço da cidade para aquele lado, juntamente com os aterros que distanciaram o local da beira do mar, no entanto, não trazem com precisão a destinação da estrutura em estilo abaluartado.
Documentos recolhidos pelo o arquiteto e pesquisador Roberto Tonera, incluindo manuscritos de autoria do engenheiro militar José Correia Rangel, dão uma ideia de como era a construção, composta por bateria de canhões e um Paiol da Pólvora, localizados junto ao mar, além de um Quartel da Tropa, Casa do Comandante e Cozinha, situados numa única edificação próxima ao córrego. São Luis também dá nome à paróquia e à igreja existentes no bairro Agronômica.
(Confira matéria completa em ND, 15/04/2019)