14 mar A Praça XV é nossa e merece mais respeito
Da Coluna de Mário Motta (NSC, 13/03/2019)
Recebo uma mensagem enviada por um respeitado empresário de nossa cidade tecendo algumas considerações muito importantes sobre um trabalho que vem sendo desenvolvido aos poucos, mas que tem oferecido um novo olhar para a revitalização de nossas praças e espaços de uso comum. O foco desse momento é a nossa Praça XV. Diz ele: “Caro Mário, nossa tradicional Praça XV, desde 2010, por meio de uma parceria público-privada, vem recebendo uma série de benfeitorias e manutenção, tudo pensando na preservação histórica e cultural. Durante o período de Carnaval, muito se falou sobre o fechamento da mesma, levantou-se o debate até sobre o cerceamento de espaços públicos. Porém, a Praça XV foi cercada pela prefeitura de Florianópolis para a preservação do espaço, não para isolar o povo da sua história, muito pelo contrário, os tapumes em volta da praça durante o Carnaval foram um ato de defesa e preservação de todas as tradições da cidade além de possibilitar que a mesma recebe os últimos detalhes de sua revitalização”.
Vale relembrar…
No Carnaval de 2017, a praça foi praticamente “destruída” em cinco dias de festa. Foram necessários mais de oito meses de trabalho para recuperá-la.
“É uma lógica incoerente permitir que em cinco dias se destrua aquilo que se deseja manter durante o ano inteiro. E a preocupação tem fundamento. Mesmo que não seja premeditadamente e sim por uma cultura que não divide a responsabilidade para a sociedade na manutenção desses espaços. Passado o Carnaval, foi realizada uma grande festa de reinauguração da Praça, com a presença de grupos culturais e da comunidade e nos deparamos com mais degradação. A Praça é do povo, todo trabalho executado é para a preservação da história. Não podemos compactuar com essa destruição. Mais uma vez, remaremos contra a maré, teremos que reiniciar todo o trabalho. A grande sociedade paga pelo mau comportamento de poucos”.
O que pedimos, por favor, é apenas mais respeito com a Praça. Afinal, ela é nossa não?