Cones organizam e pacificam trânsito na Lagoa da Conceição, em Florianópolis

Cones organizam e pacificam trânsito na Lagoa da Conceição, em Florianópolis

Foram mais de 30 dias de desrespeito e ausência do Poder Público na organização do trânsito na Lagoa da Conceição. Mas no domingo (20), a Diope (Diretoria de Operações no Sistema Viário) da prefeitura de Florianópolis instalou cones para reforçar a sinalização no início da avenida Henrique Veras do Nascimento, com objetivo de evitar que os motoristas continuem a furar a fila formada em direção às praias do Leste da Ilha.

Os problemas começavam com o congestionamento na rua Afonso Dalembert Neto, que dá acesso a avenida Henrique Veras do Nascimento, em direção às praias do leste da Ilha, pois a fila se forma na faixa da direita e se estende até a rótula do centrinho. Porém, os motoristas aproveitavam que a faixa da esquerda na rua Afonso Dalembert estava mais livre para avançar e tentavam trocar de pista na entrada da avenida Henrique Veras do Nascimento, furando a fila para a ira dos motoristas que ficavam parados na faixa direita devido ao congestionamento.

Os cones já haviam sido instalados no ano passado pela Polícia Militar. Mas neste ano, a temporada começou, e os cones não foram colocados, segundo a PM, porque a prefeitura instalou tachões. Porém, a sinalização se mostrou pouco eficiente para evitar a ação de motoristas mal educados. Resultado: os horários de pico viraram um tormento para os comerciantes, que assistiam desavenças, ameaças e até espancamentos, e indignação para os motoristas que aguardavam na fila da direita, formada ainda na rua Afonso Dalembert.

“Falta uma placa na Afonso Dalembert para informar que é preciso ficar na direita”, relata um motorista residente em Florianópolis, que passou pelo local já sinalizado com o cone. Feirante estabelecido no pátio da SAL (Sociedade Amigos da Lagoa) destacou a utilização dos cones para sinalizar a via de forma eficiente. “Até que enfim eles pensaram. Parece que não se importavam. Falta planejamento, pois isso acontece todo ano. Todo dia era uma barulheira de buzina e gritos”, relatou o feirante.

Um prestador de serviço que prefere não se identificar para evitar represálias conta que na semana passada três homens espancaram um motorista que tentava furar a fila e acabou colidindo o veículo. “Ele teve que se refugiar na loja de calçados da esquina, mas mesmo assim apanhou muito”, conta.  No dia seguinte, viu um motorista de aplicativo desistir de furar a fila após esbravejar com outro motorista, que intimidado, resolveu mostrar uma arma de fogo. “O motorista do aplicativo só faltou ajoelhar”, relata.

(Confira Matéria completa em ND, 21/01/2019)