18 jan A praça que não existe
Da coluna de Cacau Menezes (NSC, 18/01/2019)
Vereador, amigo e leitor da que para ele é a coluna mais lida de Floripa, Afrânio Boppré não aceita ser responsabilidade pela situação de desprezo do terreno cedido pelo Exército na frente do Beiramar Shopping para uma praça, que nunca saiu do papel, mas que ele defende.
– A verdade dos fatos é que o Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico Nacional (IPHAN) acompanha a situação desde 2015, e que, por força da lei, concluiu que qualquer obra naquela localidade deverá ser precedida de estudos arqueológicos. Não compete ao vereador nem ao prefeito, e sim, às autoridades federais, a definição sobre tais áreas e a proteção do patrimônio nacional. Para viabilizar a praça, nosso mandato aprovou no orçamento municipal de 2017 uma verba de R$ 300 mil para realizar os estudos. É de se estranhar o desinteresse da prefeitura em dar consequência efetiva à verba destinada por nossa iniciativa.
Esse estudo meu caro vereador foi o que parou a praça, afastou o investidor Waltinho Koerich e virou piada na cidade toda. Já faz três anos desde que o vereador apresentou um orçamento para o IPHAN investigar esqueletos embaixo da terra. Todo mundo correu.
E tem mais: esse ano também já era. Não tem mais orçamento. O lenga-lenga atrapalhou tudo. Então pergunto, meu amigo Afrânio; tudo que se construiu na Ilha teve escavação atrás de restos mortais de 200, 300 anos?