TCE analisa dispensa de licitação de contrato atual da ponte Hercílio Luz

TCE analisa dispensa de licitação de contrato atual da ponte Hercílio Luz

Apesar de não ser alvo da ação do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), que cobra a devolução de R$ 233,6 milhões aos cofres públicos, o atual contrato das obras da ponte Hercílio Luz não está livre de questionamentos. Isso porque desde 2016 o TCE (Tribunal de Contas do Estado) analisa o processo de dispensa de licitação para a última etapa da obra no valor de R$ 262,9 milhões.

A dispensa de licitação para a chamada última etapa da obra foi encaminhada ao Tribunal em dezembro de 2015. A justificativa do governo do Estado na época seria a qualificação técnica da empresa Teixeira Duarte, que atualmente executa a restauração da ponte. Desde que o processo foi instaurado, o TCE ouviu o ex-presidente do Deinfra (Departamento Estadual de Infraestrutura) que realizou a contratação sem licitação, Wanderley Teodoro Agostini.

A área técnica do TCE determinou que esta modalidade de licitação deveria, ao menos, “ser precedida de audiência pública e divulgação oficial acerca da possibilidade de oferecimento formal de propostas por empresas possivelmente interessadas na execução do objeto a ser contratado, mediante chamamento público ou junto a entidades de classe ou conselhos profissionais”, o que não ocorreu. O processo está previsto na pauta da sessão do dia 28 de janeiro de 2019.

A última etapa da restauração da Hercílio Luz começou em 2015, um ano após o governo romper os contratos com o consórcio Florianópolis Monumento por não cumprimento da obra. Nos dois contratos, que são alvos de investigação do MPSC, entre 2006 e 2014, foram aplicados mais de R$ 233 milhões.

Desde então, outros quatro contratos e dois aditivos, que somam R$ 294 milhões, foram firmados com quatro empresas diferentes. Para retomar as obras inacabadas, o Estado contratou empresas para completar a montagem da sustentação provisória, para atualizar orçamento, consultoria e reabilitação propriamente dita. Nesses quatro contratos, a previsão de entrega da restauração está marcada para o segundo semestre de 2019.

(Confira Matéria completa em ND, 20/12/2018)