11 dez COMDES atua com foco na mobilidade da Grande Florianópolis
O Conselho Metropolitano para o Desenvolvimento Sustentável da Grande Florianópolis (COMDES) realiza a última reunião do ano na sexta, 14 de dezembro.
O Conselho é um fórum que reúne mais de 35 entidades que atuam para o fortalecimento e desenvolvimento sustentável da Região Metropolitana da Grande Florianópolis em áreas como mobilidade, transporte, turismo, construção civil, preservação ambiental, saneamento básico, governança metropolitana, entre outras. De acordo com o atual coordenador geral, Ernesto Caponi, foram realizadas diversas ações, principalmente no grupo de trabalho da mobilidade e no GT da pirataria, além de sugerir ações para o controle de todo e qualquer resíduo sólido da região de uma maneira eficaz.
A FloripAmanhã coordena no COMDES o Grupo de Governança Metropolitana. Segundo Zena Becker, representante da Associação, o grupo trabalhou muito na elaboração e aceitação da lei dos transportes, terminal do aeroporto, alça de contorno, recuperação das pontes Pedro Ivo, Colombo Salles e ponte Hercílio Luz e na questão do combate à pirataria. Segundo Zena este ano foi realizado um trabalho forte na formulação, aprovação pelos prefeitos e encaminhamento para assembléia da lei que autorizou a Suderf (Superintendência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Florianópolis) a licitar o transporte integrado da região metropolitana.
Além disso, a FloripAmanhã também fez sugestões e cobrou resultados no que diz respeito à infraestrutura de abastecimento de água, energia e do acesso ao aeroporto Hercílio Luz. Toda a articulação com o poder público e com o investidor do novo terminal foi feita Grupo de Governança. “A infraestrutura para o novo terminal do aeroporto Hercílio Luz teve muita dificuldade e ainda tem com o último trecho, que agora foi licitado para terminar o acesso. Houve grandes problemas com licenciamento, desapropriações, abastecimento de água e energia, mas já está tudo resolvido, só falta construir”, explica Zena.
Caponi destaca a participação da FloripAmanhã, que de acordo com ele fez um um trabalho espetacular contatando as entidades públicas, para que houvesse sucesso naquilo que foi proposto realizar. “A participação da FloripAmanhã no COMDES é fundamental, pois procura fazer com que as coisas aconteçam. Destaco principalmente a ação no sentido do grupo de mobilidade que foi forte, firme, querendo solução de continuidade”, diz. Ele ressalta também a atuação de Joaquim Inácio Campos Nóbrega Júnior, da FloripAmanhã, que atuou principalmente no grupo de mobilidade, em relação às obras da via de contorno viário.
O futuro
Em 2019 assume uma nova diretoria no COMDES, que terá como coordenador geral o engenheiro representante da Associação Catarinense de Engenheiros (ACE), Roberto de Oliveira. De acordo com ele serão mantidos os trabalhos de todos os grupos, com prioridade à parte técnica. “Vou desmontar a politicagem através de recursos técnicos. Aqui não tem politicagem. Sem o COMDES a alça de contorno e o aeroporto Hercílio Luz nunca iriam sair”, afirma.
Em sua gestão Roberto disse que pretende realizar um evento para atacar a questão da mobilidade. “As pessoas vivem a imobilidade e a maioria dos movimentos não sabem atacar o problema. Não se acaba com a imobilidade com o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), ou mais pontes”, analisa. Para ele, o evento vai discutir o que pode ser feito em termos de mobilidade sustentável, combatendo as causas. Outro evento que pretende realizar é para discutir a questão do uso do mar. “Existe um grande problema que é o mito do uso do mar, como resgatar a condição de ilha. Já temos apoio pessoal área náutica”, acrescenta.
A questão da mobilidade sofreu um forte ataque durante 2018, segundo Oliveira. “Foi uma imoralidade quando o governador Eduardo Pinho Moreira tentou liquidar com a Suderf. Foi o maior retrocesso que a mobilidade sofreu”, avalia. No final do ano, o governador retirou da Assembleia Legislativa (Alesc) o projeto de lei complementar (PLC) 23/2018, que viabiliza a integração do transporte coletivo na região metropolitana da Grande Florianópolis.
O futuro coordenador geral disse que pretende ainda escrever dois livros, um resgatando a memória do COMDES e outro com uma síntese organizacional do Conselho.