07 nov Transporte marítimo de Florianópolis: empresário ainda terá que fabricar embarcações
O proprietário da empresa que será responsável por operar os catamarãs do transporte marítimo da Grande Florianópolis admitiu, nesta terça-feira (06), que ainda precisa resolver um problema para atender ao prazo estabelecido pelo Estado de ter o projeto em funcionamento até o começo de 2019. O problema de Raul Machado, neste momento, está na montagem dos barcos.
As duas embarcações que ele tinha foram vendidas. A previsão do contrato é de que dois veículos façam o trajeto diário entre a Ponte de Baixo, em São José, e o Centro da Capital. Só um deles, no entanto, deve ficar pronto até janeiro. O outro, apenas no final do primeiro mês de 2019. Os catamarãs terão 190 lugares cada.
Machado questiona a falta de integração entre as embarcações e o sistema de transporte coletivo. Segundo ele, há negociações em andamento com o Consórcio Fênix para a implantação de uma linha de ônibus circular entre o Terminal Integrado do Centro (Ticen) e o trapiche atrás da passarela Nego Quirido.
A mesma informação foi trazida pelo secretário de Mobilidade Urbana da Capital, Marcelo Silva, em entrevista à Rádio CBN Diário.
_ O edital de licitação de 2014 me dá a prerrogativa de ampliar, extinguir ou criar novas linhas também. Então se tivermos o transporte marítimo, não há impossibilidade nenhuma de eu criar uma linha circular passando próximo ao local, pegando aqueles passageiros e trazendo para o terminal de integração. A prefeitura tem essa prerrogativa.
Para o dono das embarcações, o valor pago pelo usuário que sair de São José para entrar na Ilha ficará em torno de R$ 24, se for somado os R$ 9 previstos pela passagem de barco, mais as tarifas de ida e volta em São José. Mas, para isso ocorrer, será necessária a integração tarifária na Ilha. Raul Machado diz que pretende instalar ainda bases para passageiros em outros pontos de São José e Palhoça. O assunto será discutido com as prefeituras das duas cidades.
Obra no trapiche
O empresário prevê para segunda-feira o começo da obra de recuperação do trapiche no lado Insular. Já no ponto de embarque e desembarque da região Continental não são necessárias intervenções. Na terça, o presidente do Departamento de Transportes e Termianis de SC (Deter), Fulvio Brasil, se reuniu com o Instituto de Meio Ambiente (IMA) para protocolar o pedido de licença ambiental de instalação. Depois ainda será necessária a licença de operação, também do IMA. Por último, a Marinha precisa emitir um documento autorizando o tráfego de veículos na Baía Sul.
(DC, 07/11/2018)