Estado decidiu retirar projeto do transporte coletivo mesmo com apoio de prefeituras e entidades

Estado decidiu retirar projeto do transporte coletivo mesmo com apoio de prefeituras e entidades

Da Coluna de Ânderson  Silva (NSC, 21/11/2018)

A polêmica decisão da retirada da Assembleia Legislativa (Alesc) do projeto que autoriza a Superintendência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Florianópolis (Suderf) a fazer a concessão do serviço de transporte coletivo em oito cidades ganhou repercussão nas últimas horas. A informação da mudança de ideia do governo do Estado foi publicada pelo colega Moacir Pereira. Via assessoria de imprensa, a Casa Civil informou para esta coluna que a retirada ocorreu porque “o Estado vai rever alguns detalhes do projeto em conjunto com os municípios”.

A justificativa, no entanto, vai contra uma recente carta assinada pelas oito cidades envolvidas no projeto, mais Florianópolis. Fizeram parte do documento (veja imagem abaixo) os integrantes do Comitê de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Grande Florianópolis (Coderf). Eles se reuniram no último dia 7 de novembro e encaminharam o texto para a Assembleia Legislativa (Alesc). Além das prefeituras, entidades como a Fecomércio, Crea e OAB participaram da manifestação.

Desde o final de outubro, o projeto estava parado na Comissão de Finanças e Tributação, presidida por Marcos Vieira (PSDB). Via assessoria, em 8 de novembro, ele afirmou que a proposta não estava em regime de urgência, por isso não havia prazos determinados para a votação.

A decisão do governador Eduardo Pinho Moreira (MDB) desta terça-feira causou reações dentro da própria Suderf, órgão ligado à Secretaria de Planejamento do Estado. O superintendente, Cássio Taniguchi, emitiu uma nota oficial para lamentar que “o Estado de SC continue a sacrificar a população metropolitana com esta imobilidade no trânsito que se agrava a cada dia que passa e a dar crédito a ‘informações de bastidores’, sem ao menos ouvir a equipe responsável pelos projetos!”. Até o momento, Pinho Moreira não emitiu um posicionamento sobre o caso.