26 nov Condomínio Ponta do Leal deve ser entregue em janeiro de 2019, em Florianópolis
O projeto habitacional do Condomínio Ponta do Leal, no Estreito, está praticamente finalizado e deve ser entregue em janeiro de 2019. Segundo a Diretoria de Habitação da Prefeitura de Florianópolis, a obra está na fase dos detalhes finais de acabamento e na parte burocrática (aquisição de Habite-se, regulamentação em cartório, etc). A previsão é de que em dezembro as famílias estejam fazendo o contrato habitacional com a Caixa Econômica Federal, condição para que a ocupação do prédio possa ser liberada.
Iniciada em setembro de 2014, a obra tinha previsão de término em agosto de 2016, mas a construtora não conseguiu terminar os trabalhos por conta da crise econômica e deixou a construção inacabada. Após dois anos, o trabalho foi retomado, em dezembro de 2017.Das famílias residentes, 88 irão para os apartamentos e as outras seis serão realocadas em outro projeto social. São três blocos com 24 apartamentos cada e mais um com 16 imóveis. Em média, cada residência terá 58 m², com sala, cozinha, área de serviço, dois quartos, banheiro e sacada com churrasqueira.
O presidente da associação de moradores da Ponta do Leal, João Luiz de Oliveira, disse que o projeto foi feito em acordo com o Ministério das Cidades e viabilizado através do Programa Minha Casa Minha Vida. O governo federal é quem arca com praticamente todo o valor do imóvel e cerca de 15% ficaria sob responsabilidade dos moradores. Segundo Oliveira, os moradores pagariam parcelas calculadas de acordo com a renda de cada um (ele estima em torno de oitenta reais ao mês, para um salário em torno de mil reais), além dos custos de condomínio, água, luz e gás.
“Não sei precisar bem os valores, mas é uma taxa social. Esperamos há 13 anos por isso, acredito sim que desta vez a gente vá poder se mudar”, afirma o presidente da associação.
Longa espera
O aposentado Manoel Altamiro Vieira, que mora no local há 25 anos, diz que todos estão esperando ansiosos pelo momento em que poderão ocupar os apartamentos. “Nossas casas estão podres, estamos com medo de que possam cair a qualquer momento”, diz. Natural de Paulo Lopes, Manoel teme que algum vento mais forte possa derrubar algumas moradias.
A comunidade criada na década de 1960 é conhecida pelas palafitas – habitação construída sobre troncos e pilares sobre a água. As casas emendam-se umas nas outras e o acesso se dá por um beco estreito pavimentado. Não há tratamento de esgoto e algumas unidades estão quase caindo.
(Confira Matéria completa em ND, 26/11/2018)