11 set Entrega da reforma da antiga Casa de Câmara e Cadeia acontece no dia 14 de setembro
Foi adiada para o dia 14 de setembro a entrega das obras de restauração da antiga Casa de Câmara e Cadeia. A ideia inicial da prefeitura era ter inaugurado a casa no último dia 4, mas uma vistoria constatou que ainda faltavam alguns detalhes.
Após inaugurada, o Serviço Social do Comércio (Sesc) de Santa Catarina dará início à instalação do futuro Museu da Cidade. Ele deverá ser inaugurado em fevereiro de 2019, já que a entidade terá, a partir de agora, prazo de 180 dias para abrir o equipamento cultural ao público.
A proposta do Sesc-SC para exploração do Museu da Cidade pelos próximos 20 anos, no valor de R$ 9 milhões, foi escolhida através de processo licitatório. Nele, ficou acertado que o lugar deverá contar a história política e econômica de Florianópolis, de forma interativa e dinâmica, utilizando tecnologias e mídias contemporâneas, nas versões português, espanhol e inglês.
Restauração
O prédio da antiga Casa de Câmara e Cadeia, que fica no entorno da Praça XV de novembro, é um dos três mais antigos e significativos da Capital. Datado de 1771 e tombado como patrimônio histórico de Florianópolis, passou por uma ampla restauração, na qual foi investido R$ 7.593.805,29. Deste montante, R$ 4.461.047,73 foram repassados pelo Ministério da Cultura, através do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), por meio de convênio firmado com a Prefeitura, e o restante dos recursos são próprios da administração municipal.
Na edificação histórica, que tem área total construída de 865,90 metros quadrados, foi trocada toda a cobertura (telhado) e a fiação elétrica, assim como substituído o sistema de coleta de águas pluviais. E, pela primeira vez em 247 anos, o prédio passou a contar com sistema preventivo contra incêndio e com sistema de climatização, neste caso, levando em consideração as devidas condições de guarda e de conservação do acervo do Museu da Cidade.
Também vale destacar as ações especiais realizadas com vistas a preservar a memória da antiga Casa de Câmara e Cadeia. Neste sentido, foram restauradas as pinturas do século XIX de uma coluna e de parte da abóboda do corredor principal, e conservado o arco em tijolos maciços desse mesmo corredor, no térreo. Além do que, os tijolos maciços da parte de cima da referida abóboda, já no primeiro andar, ficaram expostos à visualização, porém, protegidos por uma passarela de vidro temperado de 6 mm – que passou a fazer a ligação da antiga edificação à nova unidade de extensão e apoio construída, através do acesso do elevador instalado.
Já as duas canhonetas encontradas no lugar durante as obras e restauradas pela Universidade Federal de Santa Catarina deverão compor o acervo do Museu da Cidade.
Nova unidade
O projeto executado pela empresa Concrejato Serviços Técnicos de Engenharia S/A também previa a construção de um anexo de dois andares, de 196,50 metros quadrados de área total, aos fundos da antiga Casa de Câmara e Cadeia. Concluídos os trabalhos, o espaço servirá como unidade de extensão e apoio, onde vão funcionar os serviços administrativos e técnicos, cinco sanitários (um deles de uso exclusivo de pessoa portadora de deficiência), uma cafeteria e a acessibilidade ao elevador que foi colocado entre o anexo e ao prédio histórico.
Iniciadas em setembro de 2014, as obras chegaram a ser interrompidas de agosto de 2016 até maio de 2017, por falta de pagamento à empreiteira responsável.
(Deolhonailha, 07/09/2018)