Praça Forte São Luís aguarda estudo arqueológico para virar realidade

Praça Forte São Luís aguarda estudo arqueológico para virar realidade

Idealizada para ocupar um terreno cedido pelo Exército em uma das regiões mais valorizadas de Florianópolis, a praça Forte São Luís ainda está longe de ser uma realidade. Considerado histórico, o local precisa ser examinado para verificação de sítios arqueológicos do Forte São Luís, construído em 1770 para integrar o sistema de fortificações da Ilha de Santa Catarina.

O terreno de quase 2.000 m², localizado entre as avenidas Jornalista Rubens de Arruda Ramos (Beira-Mar Norte) e Mauro Ramos, esquina com rua Bocaiúva, foi cedido para a prefeitura de Florianópolis em dezembro de 2016. Lajotado e cercado por guarda-corpos, o local é usado atualmente como ponto de estacionamento para motociclistas e atalho para pedestres e moradores de rua que circulam nas imediações.

De acordo com a superintendente do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Liliane Janine Nizzola, a criação da praça depende de um estudo que deverá ser contratado pela prefeitura. Porém, até o momento, a prefeitura não solicitou autorização ao órgão para executar o projeto de pesquisa.

De acordo com processo aberto no Iphan em maio de 2018, a pesquisa será feita através de um radar de penetração de solo, conhecido como GPR, que pode identificar a presença de estruturas arqueológicas até 1,5 metro abaixo da superfície. “Dependendo do resultado teremos que intensificar a pesquisa ou não”, ressalta Nizzola, sem poder precisar novos prazos diante da falta do estudo.

Assim que receber o pedido da prefeitura, os técnicos do Iphan terão 15 dias para analisar a solicitação e fazer a autorização. A prefeitura aguardava a conclusão dos trabalhos arqueológicos no elevado do Rio Tavares para definir a realização do serviço. “Teremos uma reunião na próxima semana com a empresa responsável”, afirmou o diretor da Floram, Marcos Silva.

De acordo com o projeto, a praça deverá ocupar 1.200 m² do terreno, contando com um espelho d’água, espaço lúdico, arquibancada e bicicletário. A praça será adotada pelo Grupo Koerich, proprietário do Beiramar Shopping, e, segundo Silva, poderá virar realidade no início de 2019 se não houver nenhum obstáculo técnico arqueológico. “Aquele lugar é muito especial e há muito tempo queremos transformar em um local histórico para a cidade”, finaliza.

(Confira Matéria completa em ND, 21/08/2018)