02 ago Aterro da baía Sul: potencial desperdiçado
Da Coluna de Ânderson Silva (NSC, 02/08/2018)
Cartão de visitas para boa parte de quem entra na Ilha, em Florianópolis, o aterro da Baía Sul expõe um cenário atual bem abaixo do potencial de aproveitamento existente na região. Começa pelo ponto do antigo camelódromo e se estende até a passarela Nego Quirido, depredada e parte usada como depósito de carros alegóricos. Atualmente, não há nada a curto prazo para dar uma destinação e recuperar o entorno do aterro para torná-lo um exemplo de ocupação como ocorria nas décadas de 1980 e 1990. Enquanto isso, moradores em situação de rua tomaram os espaços.
A prefeitura, pelo Instituto de Planejamento Urbano (Ipuf), iniciou um estudo para desenhar um projeto de uso das diferentes opções à disposição. A curto prazo, não há nada de vulto programado. Ou seja, a região continuará com o atual visual pelo menos até o ano que vem. Na Nego Quirido, a prefeitura pretende fazer pequenas ações de curto prazo para reverter a depredação interna, além de reforçar a segurança. No entanto, a única opção para solucionar o problema, segundo o chefe de gabinete da prefeitura, Bruno Oliveira, é a concessão da passarela para a iniciativa privada. Segundo ele, o município não tem a expertise necessária para administrar uma estrutura como aquela. Por isso, irá preferir ceder a uma empresa que se comprometa com contrapartidas. No entanto, esse processo deve ser feito somente após o Carnaval de 2019.
Na mesma linha, de acordo com o chefe de gabinete, há uma discussão sobre o possível encerramento do contrato de concessão do Centrosul no ano que vem. Caso isso se confirme, uma novo edital contemplaria melhorias nos pontos das proximidades como a passarela de pedestres em frente ao prédio.
Secretarias
Em 2017, a prefeitura chegou a cogitar uma mudança para a passarela Nego Quirido. O prefeito Gean Loureiro queria instalar todas as secretarias no local, mas um estudo de custos demoveu o chefe do Executivo da ideia. A intenção de Loureiro é colocar toda a prefeitura num prédio só, o que não seria possível na estrutura da passarela por falta de espaço.