05 jul Ação cultural busca valorização da região leste do Centro de Florianópolis
Localizada no chamado Baixo Centro de Florianópolis, a fachada do antigo Colégio Dias Velho, que também sediou a Escola Antonieta de Barros, será alvo de uma ação cultural no próximo dia 22 de julho. A iniciativa tem como objetivo valorizar os espaços públicos na região da área central que tem se destacado com aspectos culturais e econômicos da vida boêmia na Capital.
A ação chamada Ocupa Antonieta é organizada pelo comerciante Radji Schucman e pelo jornalista e produtor cultural Fifo Lima, e deve contar com a participação de artistas visuais, como pintores, grafiteiros, pichadores, gravadores, lambe lambes, praticantes do stencil e artistas de outras linguagens. Lançado nas redes sociais no dia 2 de julho, a iniciativa já recebeu mais de 500 confirmações e tem mais de mil interessados. “A ideia é chamar atenção para a zona leste do Centro antigo. A Rua Victor Meirelles se tornou eixo de ligação da Praça XV com a Avenida Hercílio Luz e tem um aspecto econômico muito forte, com o surgimento de bares e o ambiente boêmio”, justifica Lima.
O Ocupa Antonieta está previsto para se iniciar a partir das 15h, mas pode ser antecipado para 13h ou 14h, diante da adesão da comunidade artística que frequenta a região. “Antes de começar, vamos reunir os artistas para estabelecer os espaços. Também recebemos a adesão de músicos, então precisaremos organizar a ação antes do início”, afirma Lima, que ainda teme haver algum tipo de proibição para a iniciativa até a data programada.
Do ponto de vista urbanístico, a ação também pretende estimular o debate para implantação de um calçadão da região leste, pois o trecho entre a Praça XV a Rua Saldanha Marinho está fechado para o tráfego há mais de 20 anos, mas a obra do passeio público ainda não foi realizada. “Além da economia, há um aspecto cultural marcante, pois ali estão localizados o Museu Victor Meirelles, em fase final da obra de ampliação e restauração, e a antiga sede da Federação Catarinense dos Municípios (Fecam), que deve abrigar parte do acervo da Biblioteca Pública Estadual.
Com a iniciativa, a comunidade artística também pretende descobrir como estão os projetos e trâmites burocráticos, que previam a restauração do prédio histórico e sua ocupação pela Escola da Assembleia Legislativa, conforme previsto, quando o imóvel foi cedido por 30 anos pelo governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Educação para o parlamento catarinense. De acordo com a assessoria de imprensa da Assembleia Legislativa, uma licitação para elaboração de um projeto arquitetônico já foi realizada, mas os demais trâmites, como a licitação para restauração do imóvel têm esbarrado na burocracia junto a órgãos municipais e estaduais.
(ND, 05/07/2018)