07 jun Santa Catarina é o Estado que menos devasta suas florestas naturais
Com trabalhos de preservação permanentes e fiscalizações constantes, Santa Catarina trabalha para manter um dos seus maiores patrimônios: o meio ambiente. No dia Mundial do Meio Ambiente, lembrado nesta terça-feira (5), Santa Catarina tem um dado a ser comemorado: 30% na redução do desmatamento da Mata Atlântica no Estado, segundo o Instituto SOS Mata Atlântica.
Os dados são motivo de orgulho para o governo. “Nós somos o Estado brasileiro que menos devasta suas florestas naturais, veja bem, isso é uma conquista, é uma consciência ambiental do nosso agricultor catarinense, da nossa população. O nosso Instituto do Meio Ambiente, o IMA, tem cuidado com fiscalização permanente, a nossa Polícia Militar Ambiental é muito ativa. Isso serve para comemorar porque o futuro da raça humana vai depender da preservação do meio ambiente”, comenta o governado, Eduardo Pinho Moreira.
“É um número que vem de fora para dentro do Estado e é muito importante porque reconhece o trabalho que a gente tem feito. Em outros anos houve algumas críticas pelo desmatamento elevado e agora estão mostrando o contrário, a gente está conseguindo reduzir o desmatamento”, analisa Alexandre Waltrick Rates, presidente do IMA. “Isso se deu porque agora o empresário, o produtor, tem mais consciência ambiental do que tinha antigamente, se sabe agora que não é só derrubar árvores. E as ações do Estado com fiscalização intensa, tanto do órgão ambiental, o IMA, quanto da Polícia Militar Ambiental que tem papel fundamental nisso”, completa.
Uma conquista importante e que alerta para a continuidade deste trabalho que vem se modernizando e atendendo a ainda mais áreas de preservação. “Existe um controle efetivo, sistemas que a gente implantou, então o resultado está aparecendo ano após ano, este ano foi melhor, com essa notícia muito gratificante. Inclusive, recebemos do diretor do SOS Mata Atlântica um agradecimento especial, eles estão em um evento no Rio de Janeiro e vão fazer menção a esses dados de Santa Catarina”, declara Rates.
Foco total na preservação
O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina, IMA, trabalha há mais de 40 anos com foco na preservação, por meio de ações como estudos e programas ambientais, fiscalização, licenciamentos, entre outros projetos.
“Nosso Estado tem um diferencial, estamos fazendo com que cada município produza um plano de preservação da Mata Atlântica, até o fim do ano a maioria dos municípios vai ter o seu plano, que é mais um incentivo pra ano que vem a gente não só deixar suprimir, quanto recuperar”, anuncia Rates.
Além dos cuidados com a Mata Atlântica, Santa Catarina possui hoje 10 unidades de Conservação Estadual. Dessas, sete são classificadas como Parque, permitindo o acesso ao público, que embora tenha restrições quanto ao uso da área, com normatizações, ainda é mais flexível.
Os locais próprios para visitação são: Parque Estadual Acaraí, Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, Parque Estadual da Serra Furada, Parque Estadual das Araucárias, Parque Estadual Fritz Plaumann, Parque Estadual Rio Canoas, Parque Estadual do Rio Vermelho. Outras três unidades estão na categoria Reserva, com maior restrição e acesso permitido apenas a pesquisadores. São a Reserva Biológica Estadual do Sassafrás, Reserva Biológica Estadual da Canela Preta e Reserva Biológica Estadual do Aguaí.
Tecnologia a favor das fiscalizações
As fiscalizações são uma rotina no trabalho do IMA, que agora contam com reforço pelo ar: os drones. Somente em 2018 já foram realizadas 126 operações de fiscalização e vistoria com os equipamentos. Esse recurso, empregado recentemente, é significativo, um exemplo disso é a fiscalização de uma área de 50 hectares, que levaria dias para ser averiguada e que com os drones é possível ser feita em apenas 20 minutos.
Preservação e Educação Ambiental
A Polícia Militar Ambiental trabalha de forma incisiva na preservação do meio ambiente, evitando o desmatamento de áreas de mata nativa. Aos cuidados da PMA estão diversas espécies vegetais representantes do Bioma Mata Atlântica, como por exemplo: Xaxim (Dicksonia sellowiana), Cedro (Cedrela fissilis), Imbuia (Ocotea porosa) e Pinheiro Brasileiro (Araucaria angustifolia). Todas elas fazem parte de uma lista de espécies com risco de extinção, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), elaborada por 330 especialistas e 4.617 espécies analisadas.
Em 2017 a Polícia Militar Ambiental fiscalizou 2.363 situações relacionadas com a Flora e 1.500 relacionadas com a Fauna, aplicando multas que somam R$ 10.430.100,80. Além disso, 699 alunos entre 12 e 14 anos se formaram no Programa Protetor Ambiental, PROA, para auxiliar a PMA em suas atividades de educação ambiental.
(Portal da Ilha, 06/06/2018)