11 abr Museu e Palácio reabrem nesta terça-feira e Memorial Cruz e Sousa deve iniciar reforma
Pela primeira vez o Museu Histórico de Santa Catarina, o jardim e o Palácio Cruz e Sousa, no Centro de Florianópolis, ficaram por 40 dias fechados para restauração. O intuito do fechamento total do espaço, que já foi sede do governo do Estado, era dar mais agilidade ao processo. A reabertura ocorre na noite desta terça-feira (10) com a presença de autoridades.
O último restauro completo, segundo Maria José Brandão, a então administradora do local, foi em 1977. Nos anos 2000 houve um fechamento completo por um curto período de tempo, e em 2006 houve uma reforma dos jardins, em que também foram feitas algumas melhorias na rede elétrica da parte externa. A diretora de preservação do patrimônio cultural, Vanessa Pereira, afirmou que a obra foi mais rápida do que eles haviam previsto, visto que a expectativa era reabrir o espaço apenas no início do mês de maio.
Os procedimentos para recuperação e restauro das pinturas murais (internas) começaram em 2014. Os trabalhos estão sendo realizados por Marcia Regina Escorteganha, doutora em Pintura Mural pela UFSC em convênio com a Université Jean Mouriet de Sant Etienne. Uma pequena sala do palácio foi deixada para o final para mostrar ao público como estava a situação do prédio histórico.
Os bustos dos governantes que passaram pela sede também estão sendo restaurados. Já a pintura rosa e branca da fachada do prédio não precisou ser refeita, tendo passado apenas por uma lavagem. Outro detalhe que voltará a ser marca do palácio é a presença da bandeira do Brasil e de Santa Catarina no alto do prédio. Novos chinelos para uso dos visitantes dentro do museu também foram disponibilizados, o quê evita os riscos e desgastes no assoalho de marchetaria que também passou por reparos.
A reforma finalizada no início de abril serviu principalmente para dar segurança na área elétrica do prédio, que tinha pelo menos 30 anos de uso. Segundo a conservadora e restauradora Marcia, que trabalha há cinco anos no local e está há mais de 30 na FCC (Fundação Catarinense de Cultura), todos os rodapés foram retirados para a troca dos fios das tomadas, e as lâmpadas internas e externas agora são de LED, trazendo mais economia. Os lustres holandeses presentes na maioria dos cômodos do palácio também foram restaurados.
(Veja reportagem completa em ND, 10/04/2018)