Crianças de Florianópolis participam de projeto com alunos de ilha da Holanda

Crianças de Florianópolis participam de projeto com alunos de ilha da Holanda

As crianças do morro da Penitenciária, em Florianópolis, e da Ilha de Vlieland, na Holanda, agora estão ligadas pela arte. O projeto social Sail a Future (Velejando o Futuro), da holandesa Hetty van der Linden, utiliza velas de barcos para reciclar os materiais que iriam para o lixo. As velas, pintadas pelas crianças das duas ilhas, vão virar bolsas ecológicas. A renda será revertida para ajudar os projetos da Casa da Criança, na Capital.

Na manhã desta quarta-feira (25), os alunos da Casa da Criança se divertiram pintando com tintas e canetas as velas doadas de diversas partes do mundo – incluindo uma de 163 m² doada em Itajaí no fim da regata Volvo Ocean Race. Idealizadora do projeto, Hetty veio da Holanda com o objetivo de conseguir colocar a ideia em prática.

A artista plástica percorre o mundo com projetos voluntários que educam e levam também impacto social para a vida dos pequenos. “Conversei com a Prefeitura de Vlieland, que comprou a ideia e vai dar para todos os moradores da cidade um kit de Natal dentro dessas sacolas que estamos criando”, contou. Dentro das sacolas estarão também produtos totalmente ecológicos e sustentáveis.

A pintura de velas em algumas regatas da Europa é comum, mas sempre com artistas plásticos renomados. Pela primeira vez, as velas são pintadas por crianças de Florianópolis e Vlieland, um pequena ilha holandesa que tem pouco mais de 1 mil habitantes.

Em grupos, os pequenos da Casa da Criança se reuniram sobre as velas para pintar o que quisessem. Só havia uma regra: com os pés afastados e os calcanhares juntos, cada um deveria contornar os pés e, assim, formar um coração. Dentro dos corações, eles podiam pintar livremente. “A ideia não é pintar sem sentido. Eles têm que pintar o que tem dentro de seus corações”, disse a artista plástica.

Matheus da Silva de Souza e Gabriela Ferreira da Silva, ambos de 6 anos, não pensaram duas vezes. Em corações vermelhos, azuis e verdes desenharam o que mais amam: suas mães.

(Veja Matéria completa em ND, 26/04/2018)