22 mar Ônibus elétrico da UFSC é tema de palestra na Comissão de Transportes
A Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano da Assembleia Legislativa promoveu, nesta quarta-feira (21), durante reunião do colegiado, palestra do professor Ricardo Ruther, responsável pelo desenvolvimento do projeto do ônibus elétrico na Universidade Federal de Santa Catarina. O veículo ficou em exposição em frente à sede do Poder Legislativo para visitação.
O presidente da comissão, deputado João Amin (PP), justificou a iniciativa como forma de propagar “essa boa ideia de sustentabilidade” que é o ônibus elétrico desenvolvido pela universidade em parceria com diversas empresas. “É um projeto modelo, que precisa ser difundido e propagado”, explicou.
O ônibus elétrico é alimentado por energia solar, seu principal diferencial em relação a outros veículos desenvolvidos no Brasil e no mundo. Os painéis solares que geram energia para o ônibus estão integrados ao telhado do Laboratório Solar localizado no Sapiens Park, no Norte da Ilha de Santa Catarina. O veículo tem autonomia de bateria de 72 quilômetros e percorre cinco vezes ao dia o trajeto UFSC – Sapiens Park, conduzindo alunos e professores.
Rodando há mais de um ano, o veículo já percorreu mais de 60 mil quilômetros. “O maior empecilho até o momento é o custo de produção, pois ele custa três vezes mais que um equivalente a diesel. Mas foi feito somente um, então, não temos escala. Se for produzido em grande escala, a expectativa é que os custos possam ser reduzidos e ele seja competitivo com o ônibus convencional”, disse o professor. O veículo custou R$ 1,4 milhão, enquanto um ônibus convencional custa em torno de R$ 450 mil.
A grande vantagem do ônibus elétrico é o benefício ambiental, já que o veículo não gera poluição ambiental nem sonora. Para os alunos e professores que utilizam o meio de transporte, o veículo oferece o conforto de uma estação de trabalho, com mesas e tomadas para laptop, mesa de reunião, wifi e ar-condicionado. “Quando a gente entra no ônibus, está num ambiente de trabalho”, explicou o professor.
(Alesc, 21/03/2018)